Boninho tanto fez, que conseguiu! A edição de 20 anos do Big Brother Brasil é um dos maiores sucessos que o reality show já vivenciou e, além de bater recordes de audiência, o programa vem elevando seu status perante o público. Como nunca visto antes (e para a surpresa de todos), o Brasil está parando para acompanhar o que vem sendo um reflexo da sociedade – e não apenas isso, mas também uma verdadeira aula de sororidade feminina. E aqui vai o melhor: nós não calamos.
O programa, que foi criado em 2000, já passou por muitos altos e baixos. No início era muito acompanhado, mas após algumas edições ele foi perdendo cada vez mais a audiência e passou a ser tratado com descaso pelos telespectadores. Para alguns, era um verdadeiro desserviço confinar dentro de uma casa rodeada por câmeras, pessoas que nada tinham a acrescentar.
Na última edição, em 2019, o reality esteve à beira de um abismo quando Paula Sperling não só chegou à final, como levou o prêmio de R$1,5 milhão mesmo após inúmeros comentários com traços machistas, racistas e nenhum senso de consciência de classes. Não foi à toa que, nas redes sociais, o programa foi duramente criticado por milhões de brasileiros.
Mas, parece que o jogo virou, não é mesmo?
Neste ano, o programa optou por dividir a casa entre participantes famosos e anônimos, e misturou pessoas de atitudes e opiniões completamente opostas. Há quem trate mulher como objeto (sim, em pleno século XXI), há quem pense de forma conservadora, há quem lute fervorosamente contra atitudes machistas, e até pessoas do universo LGBTQIA+, que são, de fato, minoria no programa.
Numa sociedade onde não há mais espaço para o sexismo, era de se esperar que atitudes machistas não passariam batido – e não deu outra. Os comportamentos nocivos dos brothers em relação às sisters tem sido expostos em rede nacional, além do que são pauta diária dentro da casa.
Na madrugada de segunda-feira (03), as mulheres descobriram um plano nojento dos homens para prejudicar a imagem delas perante os telespectadores. Felizmente, elas se uniram e acreditaram umas nas outras – mas não foram todas. Ainda que com todas as evidências bem nítidas, Bianca Andrade foi uma das que não se posicionou a favor das amigas e deu margem para que Manu Gavassi e Rafa Kalimann dessem uma aula de sororidade feminina, veja:
A melhor definição pra esse vídeo é: “Não julgue o livro pela capa. Assistam esse vídeo do #BBB20 e vejam uma das melhores qualidade de @rafakalimann_:pic.twitter.com/4DhlZ4rFpl
— igu (@igucampos) February 5, 2020
manu gavassi dando aula pro Brasil #bbb20 pic.twitter.com/RzyM1sscfp
— cleytu (@cleytu) February 5, 2020
Com isso, o programa tem demonstrado, dia após dia, a necessidade não só dos brothers mas de todo o público masculino em rever seus comportamentos – afinal, mesmo com consciência de que tudo é gravado e transmitido, homens como Hadson e Lucas insistem em culpabilizar as mulheres da casa por seu mau comportamento.
Quem diria que um dia o BBB se tornaria tão relevante, né miga? Nós estamos amando e, inclusive, queremos muito mais discussões necessárias como essa. Yay! 😍
