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Dia das mães: 5 histórias de leitores todateen sobre amor materno

Leitoras da todateen compartilham seu olhar sobre a história das mulheres que mais fizeram a diferença em suas vidas.

Dia das mães 5 histórias de leitores todateen sobre amor materno
Dia das mães 5 histórias de leitores todateen sobre amor materno (Créditos: Rawpixel)

Neste domingo (9) comemoramos uma data que, entre pretextos comerciais, celebra mulheres fortes, sejam elas mães, tias, avós ou irmãs. Neste dia das mães, mesmo que você escolha não comemorar, aproveitamos para trazer uma leitura repleta de amor. Conversamos com algumas leitoras da todateen e elas compartilharam seu olhar sobre a história das mulheres que mais fizeram a diferença em suas vidas.

Confira!

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Bia & Wafa

Minha mãe é libanesa, nasceu na cidade de Aley, onde morou até os 6 anos. Ela tem várias histórias maravilhosas na cidade natal, amo sentar e escutar todas… Mas com a guerra do Líbano chegando ao ápice, a família veio para o Brasil, onde meu avô já morava. Minha mãe conta que no caminho do aeroporto, bombas caiam perto do carro, para conseguir pegar o avião muita coisa foi deixada para trás. Aqui, no Brasil, meus avós deram duro para conseguir abrir uma lanchonete e sustentar minha mãe, tias e tio.

Aos 15 anos, minha mãe precisou lidar com o luto, meu avô foi assassinado na porta da lanchonete. Neste momento, minha avó e tia mais velha precisaram lutar muito para conseguir dar uma vida confortável para a família – e elas conseguiram. Uma das minhas tias se formou em Fonoaudiologia, outra em Administração e minha mãe é farmacêutica.

Depois de se formar, minha mãe conheceu meu pai, eles se casaram, foram morar juntos… e eu nasci! Quando eles compraram a casa que moramos hoje, ainda não tinha piso, não tinha quase nada, porém só tenho lembranças maravilhosas da minha infância. Por volta dos meus 6 anos, minha mãe descobriu um câncer de mama, lembro dela até tarde no hospital fazendo a radioterapia. Ela se recuperou e não precisou de quimioterapia!

Um ano depois, ela engravidou, porém, perdeu o bebê por conta de toda história do câncer. Passados alguns anos, quando eu tinha 12, ela engravidou novamente. Todo mundo ficou bem apreensivo, ela já possuía 45, mas, meu irmão veio ao mundo – e foi muito esperado <3.

Quando ele tinha seus 3 aninhos, minha mãe começou a passar mal sem explicação, foram dias internada no hospital, sem conseguir se alimentar direito. Lembro de ficar com meu irmão em casa para meu pai ir ao hospital. Foram noites chorando com medo até descobrirem que se tratava da doença de Crohn [doença intestinal inflamatória e crônica que afeta o revestimento do trato digestivo].

Até hoje ela toma remédios e sofre consequências do quadro, mas está conosco – e é isso que importa. Mãe, te amo, você é a minha maior inspiração!

Ana & Maria

Quando nasci, minha mãe era muito jovem, mais nova do que eu sou hoje, e durante a minha infância ela passava muito tempo fora de casa. Não tenho contato com meu pai e moro com minha avó desde os seis meses. Nessa época, ela tinha seus 50 anos, já havia criado três filhas e mesmo assim resolveu dedicar a vida dela à cuidar de mim. Acho que eu só sou quem eu sou hoje por causa da minha avó.

Quando eu era criança, toda noite antes de dormir a minha vó inventava uma história e me contava, ela sempre fazia a minha comida, meus lanchinhos da escola, ia em todas as apresentações da escola, brincava comigo de dominó, fazia bolinho de chuva… A minha avó é a pessoa que mais me ama no mundo inteiro – e eu amo muito ela também.

Ela faz de tudo por mim! Por exemplo, eu sou fã de Taylor Swift, e ela também, essa semana estávamos assistindo ao show dela no YouTube (risos). Ela ouve os álbuns comigo, escuta os meus desabafos sobre a briga que eu tive com uma amiga, minhas desilusões amorosas… A minha avó é a minha melhor amiga, é uma pessoa compreensiva, engraçada e maravilhosa. Eu gosto de pensar que sou uma pessoa legal, e é porque a minha vó me amou muito, ela nunca deixou que faltasse carinho.

Giovanna & Giane

Minha mãe era a mais velha de três irmãos e os os dois mais novos sempre tiveram uma saúde bem fragilizada. Então, a atenção da minha avó precisava ser voltada para eles. Como o pai dela era um alcoólatra, ela acabou sendo criada pelos avós, mas sem muita atenção. Quanto ela tinha seus 21 anos, durante o último ano da faculdade de comércio exterior, ela ficou grávida e sozinha, porque não recebeu apoio em casa e o cara não quis fazer parte da vida da minha irmã.

As duas passaram muitas dificuldades… Esses dias minha irmã estava em casa e disse que no histórico escolar está registrado que ela passou por mais de vinte escolas em dez anos, porque o tempo todo elas tinham que se mudar, já que o aluguel aumentava. Elas chegaram a morar em uma casa de dois cômodos e mesmo assim faltava dinheiro.

Minha mãe tinha muita dificuldade em confiar nas pessoas, mas quando minha irmã tinha 10 anos, ela se abriu para um novo parceiro de vida, que tratava muito bem a filha dela. Até que ela pegou barriga e se viu sozinha, mais uma vez. Além do fato de ele não querer fazer parte da minha criação, minha mãe descobriu que ele era casado. Até hoje não sei se a família dele sabe de mim.

Minha mãe trabalhou muito para a gente não passar fome, lembro que tinha noite que a gente dependia da vizinha, era uma colega da minha mãe que sempre que sobrava comida do jantar ajudava a gente, para que não dormíssemos de barriga vazia. Durante a minha infância, mal via a minha mãe, ela trabalhava muito.

As coisas mudaram quando, mesmo sem faculdade completa, ela conseguiu emprego na área de comércio exterior. Com as comissões, a nossa vida foi se transformando – e até hoje ela é uma das mais dedicadas da empresa, está lá há dez anos.

A gente nunca foi de esbanjar, mas teve uma vez que ela me surpreendeu, fomos para a Disney, minha irmã com 25, ela com 40, nos divertimos muito, foi meu presente de 15 anos. Quando voltamos, ainda teve festa surpresa!

Acho que eu nunca vou ter o suficiente para falar da minha mãe, do tanto que eu agradeço ela, porque ela não recebeu carinho e fez de tudo para passar isso para a gente. Eu não vou ficar aqui falando que nossa relação é perfeita, porque a gente briga bastante – duas arianas, né? Não somos de ficar falando eu te amo, abraçar, mas a gente vive se agradando do nosso jeito, compramos flores, fazemos um agrado.

Duda & Nadir

Sou a filha caçula de três irmãos, tenho duas irmãs mais velhas e quando eu tinha mais ou menos dois anos de idade, meu irmão mais velho faleceu. Ele teve um acidente de carro, acho que foi até no Ano Novo, tanto que minha mãe não gosta muito dessa data.

Esses dias a gente estava conversando sobre isso, sobre o passado, ela fala que graças a Deus que ela tinha eu ali pra cuidar, porque as minhas irmãs já são mais velhas. Eu sou a caçula de raspa de tacho mesmo, né? As minhas irmãs não moram mais comigo, já são casadas, têm filhos, apesar da gente morar perto. Então, ela fala que cuidar de mim deu muita força pra ela, para não deixar a peteca cair, querer continuar vivendo. Ela fala que não podia se abalar porque tinha uma filha pra cuidar. E isso refletiu muito na nossa amizade, porque eu e minha mãe… a gente é muito próxima. Conto tudo pra ela, nós temos uma relação de mãe e filha muito boa, quase não brigamos. Se a gente discute é por conta de filme, porque ela esquece todos os filmes que assistiu. Eu falo: “Não, mãe, você já assistiu esses filmes”. Aí, é uma briga que só (risos).

Ela tem 65 anos de idade, então tinha medo de não se tornar minha amiga por ser mais velha, receio de não conseguir me acompanhar, não ter tanto pique. E isso, nossa, se provou o contrário, a gente já viajou juntas e ela topa tudo, tem mais energia que eu!

Minha mãe não mede esforços para conseguir o que quer, ela é formada em letras e construiu um buffet sem saber de engenharia, é uma empresária que nunca fez curso de administração. Eu devo tudo a ela, é a minha melhor amiga. Se hoje eu sou a primeira pessoa da minha família a sair do ensino médio e terminar a faculdade tão cedo, é por causa dela.

Apesar da gente não comemorar o dia das mães por conta das minhas crenças, faço questão de presentear ela sempre que posso.

Bruna & Aline

A gestação da minha mãe foi difícil, eu tive que nascer com oito meses, porque ela estava com pneumonia, se não me engano. Quando deu à luz, teve uma parada cardíaca e eu estava com um quadro complicado. Fui levada para a UTI e minha mãe para o quarto. Lá, o telefone tocou e os enfermeiros falaram, achando que era uma acompanhante, que eu estava internada.

Minha mãe conta que pareceu uma cena de filme, ela saiu do quarto sem avisar, com os pontos e tudo mais, sentou em uma cadeira de rodas e foi parar no elevador – os enfermeiros só começaram a gritar “segura a mãe!” quando a porta estava fechando. Ela conseguiu convencer o médico a deixar ela tocar em mim na incubadora. Eu sei que quando ela me tocou e foi falando comigo, meu quadro foi normalizando. Ela fala que eu estava até um pouco roxa, e quando ela chegou, eu fui melhorando. Então, essa conexão com ela é muito forte até hoje, sabe?

A gente gosta de ir à praia de noite e olhar as estrelas, e sempre que a gente está lá, ela me lembra sobre como é especial a vida, como a gente tem que aproveitar os momentos.

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