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Dor e incômodos durante a relação sexual? Pode ser vaginismo!

Crédito: Shutterstock

Já podemos começar a matéria esclarecendo uma coisa: sentir dor ou incômodos durante a relação sexual não é normal. Muitas meninas, além da dor com o rompimento do hímem durante a primeira vez, continuam a sentir desconfortos em relações seguintes. O motivo da causa deve ser investigado por um profissional especializado, como o ginecologista, mas um que pode ser apontado aqui é o vaginismo.

Nada mais é do que uma condição onde a musculatura da região pélvica fica contraída a ponto de dificultar penetrações ou até mesmo a impedir de vez. Apesar de involuntária, essa disfunção sexual acaba tornando as relações bastante dolorosas. Outra dificuldade relatada é quanto ao uso de absorventes internos, coletores menstruais ou até mesmo exames ginecológicos.

Quem explica isso é a Dra. Débora Pádua, fisioterapeuta sexual. Ela conta como os estigmas em torno da situação podem afastar as pacientes da conversa sobre o assunto “Por muito tempo, a baixa autoestima e sentimentos de inferioridade, medo e vergonha podem tomar conta da situação e atrasar ainda mais a procura por um diagnóstico e tratamento adequados”, conta.

A falta de diálogo acaba silenciando ainda mais, já que o assunto, que era para ser tratado de forma receptiva, quase não é mencionado. Mas os casos de vaginismo não são nada raros. “No entanto, ao contrário do que pensam essas mulheres, elas estão longe de estarem sozinhas ou serem uma exceção”, completa

O que pode causar o vaginismo?

As contrações involuntárias típicas do vaginismo podem ter causas diversas, tanto físicas quanto psicológicas. “Entre os fatores que podem desencadear a dor na relação e a dificuldade na penetração estão o pós-parto doloroso, atrofia vaginal (principalmente depois da menopausa), lesões ou inflamações relacionadas a doenças ginecológicas”, explica a especialista.

Outra coisa que pode influenciar é o contato com uma educação sexual rígida, aliada principalmente a questões religiosas, o vaginismo aparece em altos índices e, em casos mais graves, algumas experiências sexuais traumáticas como abusos ou estupro também podem predispor a mulher a desenvolver a disfunção. E ainda existem casos sem uma causa definida.

Como tratar?

A fisioterapeuta conta que qualquer mulher que sinta dor, incômodos ou sensação de queimação na rotina íntima, deve procurar um ginecologista. Esse é o primeiro passo para descartar alterações anatômicas ou possíveis alterações orgânicas. Se nada for constatado, deve-se então procurar um fisioterapeuta pélvico para avaliação e diagnóstico.

O tratamento em si pode incluir tanto o ginecologista, quanto fisioterapeutas pélvicos e terapeutas. “Durante o tratamento, a papel da fisioterapia pélvica é fundamental. Exercícios de relaxamento e de dessensibilização da região vaginal devem ser orientados para que a musculatura genital “desaprenda” a provocar contrações involuntárias quando estimulada”, finaliza.

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