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Extra on-line: leitoras entrevistaram a Hevo84. Confira!

Extra on-line: leitoras entrevistaram a Hevo84. Confira!

As leitoras Isabelle Ferreira de Souza, Letícia Ferreira Bovolon e Marcela Vieira da Silva viveram um dia de repórter da todateen e entrevistaram os caras da Hevo84. Você confere as fotos e mais da entrevista na edição 170 da todateen (jan/2010)! Confira o resultado:

Marcela: Qual é a sua inspiração para fazer as músicas? Vi no CD que todas as músicas são de sua autoria e tal.

Renee: Acho que é uma mistura da postura da vida que a gente leva. A gente não é uma banda que começou em São Paulo e a gente tem muito desse lance de acreditar no que a gente faz, porque a gente vem de longe, do Paraná, que não é um estado que tem tradição de ter banda rolando no mercado. É essa crença que a gente tem misturado com o que a gente vive, né? Ao longo da vida, temos várias paixões, várias desilusões amorosas… nossas músicas não têm só esse foco. Tem muito assunto diferente que a gente aborda. Não é só relacionamento; misturamos vários assuntos, pingamos em várias praias pra fazer o lance das letras.

Isabelle: Vocês ainda enfrentam dificuldades? Desde o começo da banda…

Suspiro: Em toda banda é complicado. Cara, é difícil não ficar sempre vendo a família, psicologicamente…
Renee: Eu não via a minha mãe há 5 meses. Fiquei com ela semana passada, foi um dia só, pois foi o único dia que deu tempo. 5 meses sem ver o meu pai, a minha mãe, o meu irmãozinho de 7 meses, desse tamanhinho assim. Nem vi direito ainda. É por aí.

Ricardo: Passos Escuros foi incluída na trilha de Malhação. Depois dessa inclusão, o que sentiram em relação ao público: aumentou, vocês têm mais fãs? O que sentiram?

Renee: A música começou a tocar em Malhação antes de entrar nas rádios. Ela tocava nas rádios lá de Curitiba (PR), através de amizade mesmo, de a galera ficar pedindo. A música começou a tocar lá. Primeiro ela entrou em Malhação, depois entrou nas rádios. Hoje em dia a gente faz show de rádios e geral tava cantando a música. E tipo, uns 20% do público conhecem todo o repertório. Aí, chega Passos Escuros, que é a última que a gente toca… Nossa, aí é loucura.

Marcela: E o assédios das fãs, o que vocês acham?

Renee: Cara, é legal pra caramba. É uma prova de reconhecimento de que a parada tá rolando. É o carinho extremo esse negócio de a galera vir e te arranhar…

Ricardo: E teve alguma fã mais saidinha?

Suspiro: Ah, a galera tenta pegar em todas as partes do nosso corpo (risos). A gente fez uns pit-stops, uns 3 dias atrás. E quando a gente vai embora, os seguranças fazem uma rodinha pra gente entrar ou sair em qualquer lugar. Se estiver de boné, tem que ficar segurando com a mão o boné. Se não, a galera leva tudo. Teve uma vez que eu peguei os óculos. Eu levantei assim e eu segurei os óculos junto da minha virilha, pra ninguém pegar os óculos. E fui assim. Apertaram a minha bunda, mas a parte da frente ficou segura (risos).

Isabelle: Quais são as influências de vocês?

Renee: Cada um ouve uma parada de bandas diferentes.
Fernando: Eu ouço muito Hoobastank, Nickelback.
Vitor: Eu escuto bastante Blink 182 por causa da minha influência, que é o batera do Blink 182.
Suspiro: Underoath.

Isabelle: Quem escolheu o nome da banda e qual o significado?

Fernando: A gente tava querendo um nome em português e eu achei no dicionário essa palavra sem o H, né?
Renee: EVO. Aí, evo é de indestrutível, tem o 8 que é infinito. 4, porque a gente toca em quatro. E o H porque a gente é meio louco e curte numerologia. Mais eu assim.

Ricardo: Neste CD, vocês colocaram algumas músicas da época de independente. Tem inéditas também?

Renee: Tem, sim, São 6 faixas inéditas e 7 regravações de um EP que a gente não chegou a lançar.
Fernando: Ficou só uma do outro disco, Dias de Fuga. Só Meu Mundo Sem Você.
Renee: O resto das músicas são de um EP que a gente lançou na internet chamado 84. É um CDzinho de papelão e tal. Foi um material que a gente conseguiu depois de ir atrás de gravadoras. Conseguimos negociar um lance legal para ele sair.

Ricardo: Tem uma faixa preferida de cada um de vocês neste CD?

Renee: Cara, das novas, das inéditas, eu confesso que eu adoro essa de trabalho, Minha Vida é Você. É minha aposta desse CD novo. Das mais antigas, eu gosto de Meu Mundo Sem Você. E, de tocar, eu curto A Vida é Minha.
Suspiro: De tocar, essa é bem legal. Tipo, a galera pira.
Victor: Alguém Melhor Que Eu. E eu gosto da nova também.
Fernando: Essa não tá aqui (no CD). Essa é do Dias de Fuga.
Suspiro: Dois Mundos é legal de tocar ao vivo também. E Passos Escuros, que a gente tocou bastante também. É a preferida de tocar, é a que a galera mais canta, né?

Letícia: Queria saber como vocês se conheceram.

Renee: Eu conheci o Fernandinho no colégio. A gente estudava em Paranaguá (PR). Na quinta, sexta série a gente trocava CD de videogame. Os interesses eram outros na época.
Fernando: A primeira vez que a gente se cruzou foi num jogo de futebol.
Renee: É verdade. Acho que foi até antes, mas a gente não se falava. Meu pai era professor de escolinha de futebol. Eu era titular, ele era reserva (risos). Daí eu conheci o Suspiro através de uns amigos músicos. Daí rolou, deu tudo certinho. Depois entrou o Victor por último, agora. Entrou de pára-quedas, faz 4 meses. Ele era de uma banda que eu gravei, que eu produzi, em Curitiba. E tá aí, agora, com a gente. Um cabelo bonito e tal (risos).

Marcela: Os clipes de vocês parecem ser uma continuação um do outro, né? Vocês vão continuar nessa linha? (Veja os clipes da banda no canal oficial do YouTube!)

Renee: Não. É que na época que a gente foi lançar o clipe, tinha um dinheiro X para gastar (risos dela). Tô falando sério! E aí, a gente pensou: ‘Pô, cara. Vamos fazer’. O Marquinho, que trabalha com a gente, deu a ideia de fazer a história ao contrário. Pô, a gente tem as imagens: o ator saindo da casa. E daí, quando o cara fala: ‘corta’, vai e volta a cena. Aí, ele volta e vai pra dentro. Deixou a câmera aberta filmando. A gente pegou essas imagens voltando. Ele subindo a escada, ele voltando para casa. Só não pegamos a imagem dele dando a ré no carro (risos). E fizemos esse clipe, com a música, num estúdio lá do Rio de Janeiro, o estúdio Fibra, o ambiente que a gente gravou a música single de Malhação, a Passos Escuros acústica. O Rogério, que ajudou a produzir, estava lá também. Tá tocando baixo no clipe e tal. Foi legal, foi basicamente isso: uma história ao contrário.

Isabelle: Os pais de vocês apoiaram quando souberam que iam estar numa banda?

Renee: Meu pai queria que eu fosse jogador de futebol. Minha mãe gosta bastante de samba. Quando eu cheguei em casa com a primeira tatuagem, ela ficou chocada. Ela disse: ‘Filho, o que é isso?’. ‘Mãe, é henna, sai com água’ (risos de todos). Mas ela apoia, agora está feliz pra caramba, torce bastante. Esses tempos a gente foi no Criança Esperança e eu cantava uma, duas frases na música. Então, quando a família viu, todo mundo começou a gritar: ‘Aêeeee!’. Aí, acabou
de ninguém me ver cantando. Todo mundo ficou gritando. E o Victor toca desde os 5 anos, né?
Victor: Meu pai falou assim: ‘Bah, se você não for músico, não sei o que vai ser’ (risos de todos).
Suspiro: O meu pai queria que eu fosse jogador de futebol também. Eu já tava treinando com 7 anos de idade.

Por Ricardo Piccinato

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