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Filtros, harmonizações e plásticas: como as redes sociais afetam a autoestima das mulheres

Filtros, harmonizações e plásticas: como as redes sociais afetam a autoestima das mulheres
Filtros, harmonizações e plásticas: como as redes sociais afetam a autoestima das mulheres

Se você abrir seu Instagram agora, quantas blogueiras que fizeram algum procedimento estético você vai encontrar? Em 2020, mesmo durante a pandemia, algumas cirurgias como rinoplastia e lipo HD entraram na moda e diversas celebridades passaram pela mesa cirúrgica e postaram o resultado.

De acordo com uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos dez anos houve um aumento de 141% nos procedimentos em jovens de 13 a 18 anos. Segundo os dados, os dois procedimentos mais procurados foram rinoplastia e prótese de silicone.

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Por conta disso tudo, a todateen conversou com a psicóloga Amanda Fitas e perguntou se, de fato, as redes sociais têm influenciado na autoestima das meninas.

Quando não trabalhamos muito bem a nossa autoestima, acabamos usando os eventos externos. Focamos mais na estética e na validação das pessoas para concluirmos se temos ou não uma autoestima boa“, explicou ela.

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A maioria das pessoas não tem uma boa autoestima, na verdade, nem fomos programados para isso. O que mais encontramos são pessoas se sentindo inferiores. Assim, consequentemente, as redes sociais para alguém que não tem uma autoestima boa, pode, sim, trazer estímulos negativos, pois surgem as comparações“, afirmou Amanda.

E é claro que, se o internauta se cerca de corpos e pessoas irreais, vai acabar achando normal todos os procedimentos e se sentindo pior com sua beleza natural. No Twitter, por exemplo, ao colocar na busca “rino”, o termo é frequentemente atrelado às blogueiras que fazem o procedimento.

Para Amanda, a chave para se blindar desse tipo de sentimento de inferioridade é buscar melhorar internamente.

Sentir que é uma pessoa útil, que gera resultados positivos. Tudo isso faz com que você se sinta mais capaz. Essa troca consigo, a sensibilidade e a sensação de estar avançando aumenta a autoestima e acaba com a necessidade de ter outra pessoa para validá-la.”

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A psicóloga também aconselha a procurar a ajuda de um profissional caso a pessoa se compare muito com o que vê nas redes sociais e se coloque para baixo com frequência. “Às vezes o indivíduo se ataca internamente, porque não necessariamente ela precisa de ataques externos, e acaba com essa sensação de ser ‘pequeno’, inapropriado, insuficiente“.
Eu sou a favor da terapia antes que as pessoas tenham algum transtorno mais sério. Se a pessoa não tem uma visão positiva de si mesma, não consegue se fortalecer sozinha, é importante essa procura por um terapeuta, para que ela não fique dependendo do outro“, apontou ela.
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E, além do acompanhamento terapêutico, nós da todateen aconselhamos também a observar o tipo de conteúdo que é recebido. Se a pessoa tem um problema de autoestima e não consegue se identificar com as blogueiras (que fazem procedimentos estéticos mensalmente), o ideal é passar a seguir outro tipo de público, que tenha mais a ver com o que se busca.
E ter amigos que apoiem durante essa caminhada também é importante. Ah, e não abusar dos filtros também é uma dica valiosa! Eles alteram muito a estrutura do nosso rosto e acabamos nos acostumando com outro formato que é completamente irreal.
Por aqui, fizemos diversas matérias sobre amor próprio, justamente para incentivar as pessoas a se gostarem mais e se compararem menos.

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