A notícia do suicídio de Milly Tuomey, 11 anos, deixou a atriz Alice Wegmann extremamente tocada: “Saí pra correr no pôr do sol e, quando voltei, abri essa notícia. Meu coração, que batia todo acelerado, murchou. Onze anos. Uma menina de onze anos se suicidou porque não tava feliz com sua própria aparência“, comentou em seu Instagram.
Depois do caso, Alice se dispôs a falar sobre o assunto com mais profundidade, compartilhando sua jornada com os seguidores.
Confira o que a atriz disse sobre distúrbio alimentar:
“Hoje no almoço, eu confessei pra um amigo o quanto odiava odiar meu corpo. Durante anos fiquei sem usar regata porque tinha horror aos meus ombros e braços largos – procurei vários nutricionistas, segui ~ dietas da moda ~ várias vezes e isso nunca me fez feliz“, afirmou.
Insegurança
Além disso, a atriz ainda contou que fez 8 anos de ginástica olímpica e treinava 7h por dia: “Minha estrutura obviamente é larga (por causa dos exercícios). Aos poucos, tenho aprendido a gostar disso. Mas já deixei de sair de casa algumas vezes por insegurança. Desde os 15 vivia de dieta, e isso num determinado momento acarretou num distúrbio alimentar. Aí eu fui aos poucos descobrindo a quantidade de amigos que passam pela mesma situação; conheço gente com bulimia, compulsão alimentar, anorexia e por aí vai” (sic).
Alice ainda fez um apelo, dizendo: “Se olhe no espelho e aprenda a se amar de verdade. Não é tarefa fácil, eu sei – a indústria é tenebrosa e faz a gente lutar arduamente contra a “imperfeição”. Mas o nosso corpo é a nossa história. E tem coisas na história que a gente não pode mudar. Outras, sim… Mas sempre com carinho e cuidado“.
Feminismo
Um dos motivos que fez Alice Wegmann iniciar o processo de autoaceitação foi o feminismo que, segundo ela, “ensina muito sobre amor próprio“. Ela ainda completou: “Quero espalhar essa ideia pelo mundo porque acho que as mulheres precisam ser mais legais com elas mesmas. Rupi Kaur escreveu em seu livro: “todos nós nascemos bonitos, a grande tragédia é que nos convencem de que não somos“. Somos, sim. Todo mundo tem coisas boas dentro de si. Então que elas prevaleçam, sempre, a esses ideais superficiais“.
10 poemas do livro “Outros jeitos de usar a boca”, de Rupi Kaur
Para finalizar, Alice deu algumas dicas para quem quer se sentir bem: “É importante se movimentar, procurar exercícios que te fazem bem – e buscar sempre se alimentar da forma mais natural possível. E se conectar com o agora, tentar alinhar mente e corpo, pra achar a paz. Eu queria ter dado um abraço nessa menina e corrido com ela na praia. Nesse verão, do jeito que estiver, eu vou botar meu biquíni e mergulhar no mar. Espero encontrar vocês lá“.
Nas telonas
O tema, inclusive, foi abordado no cinema por diversos filmes. Um dos lançamentos mais recentes que trata sobre distúrbio alimentar é “O Mínimo Para Viver“, estrelado por Lily Collins – que em seu livro “Sem Filtro” assumiu ter sido viciada em remédios para emagrecimento. Confira o trailer:
Vale lembrar: se você está passando por algo assim, não deixe de pedir ajuda! Fale com seus pais, amigos, professores e, se possível, faça acompanhamento nutricional e psicológico. Você vai conseguir superar essa situação, assim como Alice está, diariamente, conseguindo. Ok?