Nessa segunda (02), Bruno Gagliasso e Gio Ewbank decidiram se manifestar sobre os tweets racistas de Júlio Cocielo. Os dois estão sempre engajados na luta contra o preconceito racial, pois o sofrem de perto por conta de sua filha Titi.
Mesmo após causar grande polêmica e perder o contrato com marcas importantes, o youtuber continua com seu grande número de seguidores. E é isso que preocupa o ator que escreveu um textão em um post do Instagram. Bruno colocou uma foto: “11 milhões e 200 mil pessoas”, ilustrando a quantidade de pessoas que apoiam Cocielo. “Você tem noção do que são 11 milhões e 200 mil pessoas? Eu ajudo. É a população inteira da Bélgica. É um milhão a mais do que a população de Portugal. São 143 Maracanãs lotados. São todas as pessoas que ainda estão apoiando diretamente um influencer assumidamente racista”, tentou explicar a magnitude das coisas.
E continuou dizendo, tentando conscientizar a gravidade da situação. “Temos que cobrar posicionamento das marcas que o patrocinam, é claro. Mas são os outros famosos que ainda o seguem e, principalmente, as pessoas comuns, anônimas, que verdadeiramente me preocupam. Apoiar uma pessoa racista é ser conivente, sim”. Bruno “convocou” a todos para combater o preconceito, explicando que a mensagem deve ser clara e direta.
Veja o post de Bruno Gagliasso criticando os tweets racistas de Júlio Cocielo:
https://www.instagram.com/p/BkwBpZtHC1E/?taken-by=brunogagliasso
Na publicação criticando os tweets racistas de Júlio Cocielo, o pai de Titi pediu o boicote ao youtuber. “Num mundo digital em que seguidor significa dinheiro e carreira, a gente precisa entender a importância do BOICOTE. Principal instrumento de revolução de Martin Luther King Jr, nos anos 60, nos Estados Unidos da segregação racial, durante o Movimento dos Direitos Civis. As marcas só chegam até essas pessoas porque elas têm audiência, visibilidade, constroem um público que interessa para as empresas atingir. A RESPONSABILIDADE é de todos”, disse.
Nem famosos ficaram fora, Bruno também falou deles. “Precisamos, é claro, cobrar as marcas mas também precisamos chamar atenção dos outros famosos que seguem/dão like/fazem parceria com essas pessoas racistas, machistas, LGBTfóbicas e gordofóbicas. É obrigação de todos nós CONSTRANGER e vigiar nosso círculo social. Educação antirracista não é somente pra criança, racismo não tem idade. A hora de aprender e ensinar é AGORA. Vão lá no perfil (que eu me recuso a marcar aqui), vejam quem dos seus amigos e influenciadores favoritos seguem a pessoa e puxem a orelha de todo mundo. Na internet, seguidor é visibilidade e dinheiro. Não basta só cobrarmos as marcas, até porque daqui a pouco aparecem outras empresas com memória curta. A forma de colocar no ostracismo e minar a popularidade é fazendo quem que essas pessoas percam seu público, a grande propulsora do trabalho delas”, pediu aos seguidores.
“Não é um caso isolado. Não foi o primeiro, não será o último. A gente precisa atuar com quem realmente movimenta essa máquina: a audiência. RACISMO É UM PROBLEMA DE TODOS NÓS“, terminou o post. Já Gio Ewbank falou menos, mas também se posicionou repostando os tweets racistas de Júlio Cocielo.”Segunda do dia!!! Odeio ter que postar coisas tão repugnantes e tristes como essa…mas é necessário!!! Ainda fico chocada como podem existir pensamentos como desse tipo de pessoa…isso NÃO EH UMA BRINCADEIRA E NUNCA FOI!!! Isso é RACISMO!”, indignou-se.
Gio Ewbank também se pronunciou sobre o caso:
https://www.instagram.com/p/Bkv0O_WA5XJ/?utm_source=ig_embed