Nesta quinta-feira (2), Any Gabrielly participou de uma live com Ndeye Fatou Ndiaye, onde falou sobre vários assuntos e contou das suas batalhas para conquistar o sucesso que tem nos dias atuais. A integrante brasileira do Now United compartilhou que uma das dificuldades no início da carreira era de conciliar o tempo entre os estudos e a ajuda à família.
“Eu tinha que me esforçar o dobro, o tripo, às vezes, porque eu não era que nem os outros que estavam a minha volta, sabe? Então isso foi muito difícil e eu sempre tive a questão de ajudar a minha família ao mesmo tempo, não era uma coisa que eu ia pra escola, eu tinha meu tempo de almoçar, eu não conseguia ir com motorista pro curso que nem as minhas amiguinhas. Eu tinha que pegar busão, pegar marmita e ir comendo no caminho, era uma loucura mas eu sempre fui muito esforçada. Eu sempre me desafiei e até hoje eu sou assim, eu sempre quero melhorar. Então ver tudo que eu fui conquistando aos poucos é muito gratificante”, disse Any.
A cantora destacou que trabalha no meio artístico desde pequena, mas sentia a demora para que as pessoas reconhecessem seu talento. Gabrielly ainda mencionou que, quando dublou a animação Moana, da Disney, sentiu seu primeiro grande reconhecimento.
“Eu sempre fiz muitos trabalhos, sempre fiz muitas coisas, mas eu nunca recebi esse reconhecimento, sabe? Tipo não era ‘nossa, ela realmente é boa‘, era sempre ‘foi sorte. Essa menininha veio de baixo deve ter sido por sorte‘. Mas o momento que eu consegui receber um reconhecimento mais sério nesse meio, foi quando eu fiz ‘Moana’, que aí não tem brincadeira, a Disney não seleciona quem não vai fazer um bom trabalho. Então eu acho que realmente as pessoas começaram a olhar com outros olhos e eu finalmente percebi como esse mundo é, que a gente tem que se esforçar o triplo pra fazer uma coisa que às vezes as pessoas nem estão fazendo tão bem quanto a gente, sabe? É um pouco frustrante, e o caminho inteiro foi assim, frustração, frustração, frustração. Mas também, quando vinha um resultado bom, era uma alegria assim ‘Meu Deus, que vontade de chorar’”, contou.
“Duvidavam demais de mim, e sempre que eu conquistava alguma coisa era ‘realmente foi sorte‘ ou dó. Nunca era ‘ela realmente é boa e conquistou aquilo‘, era sempre ‘ai tadinha né, veio de baixo, ela é pobrezinha. Não, tudo bem, ela tem que realmente conseguir esse trabalho, bom pra ela.’ E eu ficava ‘cara, eu to trabalhando tanto quanto você e às vezes até mais‘ e não tem nada a ver isso de dó, sabe? Eu não quero que as pessoas tenham dó de mim, eu só quero que elas reconheçam o meu talento. E finalmente, depois de muito e muito anos, muitas batalhas e muitos trabalhos, finalmente esse reconhecimento veio. Ainda tem episódios muito complicados que eu sou desmerecida, que eu sou desvalorizada, mas isso está mudando aos poucos e eu tento sempre mudar isso pra melhor pra todos”, completou.
Veja a live completa: