Durante a quarentena, de modo geral, as pessoas foram divididas em dois grupos: as que fizeram jus ao nome “carentena” e não saíram com ninguém, e as que deram a sorte de encontrar um amor no meio do caos. Neste Dia dos Namorados, a todateen conversou com dois casais que começaram seus relacionamentos no período da pandemia.
O objetivo foi entender como era possível iniciar um namoro em uma época que não se pode sair muito de casa e nem ter os encontros mais casuais, em lugares como restaurantes, bares e cinemas. E foi justamente por não ter outras opções de passeio que os casais acabaram estabelecendo um relacionamento sério mais cedo.
+ Como lidar com a expectativa do “lockdengo” e a realidade da “carentena”?
Pedro e Malu, por exemplo, se conheceram em 2018, mas só foram ficar mesmo no começo de 2020. Porém, com a chegada da pandemia, algumas coisas da rotina tiveram que ser alteradas.
“Quando a pandemia começou, continuamos conversando e, às vezes, indo um na frente da casa do outro, para conversar pessoalmente“, conta Pedro, que ainda destaca que quando isso ocorria, um ficava dentro carro e o outro em casa, para não ter risco de contaminação. “Até junho/julho foi mais restrito, mas depois disso começamos a entrar um na casa do outro e o namoro ficou mais normal“.
A história de Isabella e Leticia também teve que se adaptar às restrições da pandemia. Embora as duas já se conhecessem anteriormente, pois estudaram no mesmo colégio, elas não se falavam muito. “A gente se seguia nas redes sociais, mas nunca tínhamos saído juntas nem flertado. Eu nem sabia que ela era bi“, conta Isa.
E quem teve o papel de cupido e juntou o casal foi a melhor amiga das duas, que fez um aniversário e as convidou. “Rolou um clima mas nenhuma das duas tinha certeza. Aí falei que ia no banheiro e ela foi comigo. Acabamos nos beijando“, lembra Isa.
Assim como Pedro, ela e Leticia tiveram que se reinventar e arrumar novos jeitos de ter encontros. “Nossos ‘dates’ começaram a ser dormir uma na casa da outra“, explica Isa. “A gente sempre conversava, mas aí foi decretado um lockdown em Fortaleza, então ficamos sem nos ver. Mas a Leticia já estava pressionando pra gente namorar, porque a gente dormia juntas, conversava toda hora e não ficava com mais ninguém. Quando acabou o lockdown, a pedi em namoro“.
sem a pandemia, as coisas teriam sido diferente?
Ambos os casais disseram que sim! Pedro, por exemplo, conta que a pandemia acelerou as coisas. “A gente já se gostava, mas ainda não tínhamos um compromisso. Com a pandemia, acabamos não vendo quase ninguém e optamos por nos encontrar com mais frequência. Então, acabamos indo na casa um do outro bem cedo, conhecendo as famílias, dormindo na casa um do outro. Coisas que, sem a pandemia, talvez demorassem mais para acontecer“.
Isa concordou, dizendo que a pandemia foi um catalisador de tudo. “A gente não podia ter dates normais. Não podíamos ir para barzinho ou balada, então acabava ficando só as duas juntas e aí, como a gente ficava muito tempo sem se ver, quando nos víamos, passávamos mais tempo juntas“.
