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Karol Conká pode responder na Justiça por atos contra Lucas Penteado? Especialistas opinam

BBB21: Entenda a seriedade psicológica e jurídica do que está acontecendo com Lucas Penteado
BBB21: Entenda a seriedade psicológica e jurídica do que está acontecendo com Lucas Penteado

“Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem”. A frase ácida e verdadeira de Millôr Fernandes cabe perfeitamente quando paramos para analisar – com apenas duas semanas! – o comportamento dos participantes do BBB21.

Desde a madrugada do último sábado (30), as coisas dentro da casa mais vigiada do Brasil deram uma desestabilizada. Vimos, sim, comportamentos controversos de Lucas Penteado. No entanto, com a magnitude e com a seriedade do que o brother vêm sofrendo de outros jogadores nesses últimos dias, em especial de Karol Conka, a discussão precisou tomar outro rumo.

+ BBB21: como a maldade de Karol Conka pode ser ignorada pelos participantes?

A rapper, que já foi vista praticando intolerância religiosa, que tem excluído Lucas das atividades da casa (inclusive da cozinha, enquanto ele tentava almoçar), que não teve vergonha alguma de afirmar em rede nacional que gostaria de bater no ator e que queria jogar “um copo de água na cara dele”, conseguiu de forma bem incisiva enfurecer a web com suas atitudes.

Kerline, Rodolffo ou Sarah? Quem deve ser eliminado do BBB21?

Diversas celebridades, como Anielle Franco – irmã de Marielle Franco -, Tata Werneck e Emicida, se manifestaram em apoio a tudo o que está acontecendo com ele, promovendo reflexões extremamente relevantes à respeito do que está rolando na casa.


tortura psicológica

O psicólogo analítico Kleber Marinho, que possui mais de 20 anos de experiência em casos severos de tortura psicológica em quadros de estresse e depressão, analisou os últimos acontecimentos do reality. “Em se tratando de grupos, seja ele grande ou de porte pequeno – como é o caso do Big Brother – é muito comum que as pessoas acabem se unindo em torno de alguém. E esse alguém é o que chamamos de bode expiatório.”, disse ele.

“É comum que um grupo se una diante de projeções de cunho moral, social e religioso, para que eles mesmos consigam expurgar aquilo que eles tem dentro deles.”, ressalta, explicando ainda que o coletivo costuma fazer isso para se sentir fortalecido. “Muitas vezes isso é feito com pessoas que apresentam baixa autoestima, insegurança ou uma fragilidade. É uma tentativa de eliminar ‘o outro’ que existe dentro de mim.”.

O especialista também ressalta que o abuso psicológico é muito complexo, pois ele entra em várias condições diferentes. “Mas, de modo geral, é quando alguém, de maneira perversa ou não intencional, tenta constantemente minar aquele outro que eu quero controlar ou privar de liberdade de alguma forma.”, explica. “E como questões emocionais se misturam, se eu identifico e projeto em alguma pessoa questões profundas, inconscientes, que também pertencem a mim e que eu não gosto em mim e que eu vejo muito presente no outro, isso se mistura e aí há uma violência psicológica.”, afirma.

Kleber também ressalta, nesses casos, a possibilidade de gaslighting. “É importante prestar atenção se a frequência de ameaças, intolerância, privação, chacotas aumentam, fazendo com que o outro se sinta culpado, fazendo com que ele tenha sua autoestima cada vez mais frágil. O abusador consegue até minar a realidade, desvirtuando a realidade ou fazer um fato que não aconteceu parecer real..

Lembrando que gaslighting – que pode, sim, ser uma estratégia consciente – é um tipo de manipulação em que o abusador distorce, omite ou cria informações, fazendo com que a vítima duvide de si mesma, de seus sentimentos, da sua capacidade e às vezes até da sua sanidade e saúde mental. “É muito comum uma pessoa que critica o outro a todo momento, que aumenta e intensifica as ações que o outro fez, dando uma conotação muito maior àquilo, tente criar uma realidade em que pareça que outro fez as coisas intencionalmente.”, reflete.

Kleber também explicou que, quando você está sob estresse constante, sendo julgado diariamente, sendo ameaçado, isolado ou privado de sua liberdade, seja de maneira intencional ou não, é bem provável que a pessoa precise de cuidados psiquiátricos e psicológicos. “Se a pessoa já apresentou um quadro depressivo ou ansioso e ela estiver sendo vítima de um abuso psicológico ou violência psicológica, é natural que essa pessoa possa agravar o seu quadro e sofrer sérias consequências.”, falou.

crime de injúria

A advogada Juliane Conforto reflete que Lucas está sofrendo de abuso psicológico e o famoso “cancelamento”.

“O cancelamento é muito aplicado nas redes sociais, quando alguém famoso se expressa de forma que não agrada o seu público. As atitudes de Lucas não agradaram os participantes, em principal a Karol Conká, o que fez com que ela tentasse o “cancelar”, deixando-o excluído, e o ofendendo com xingamentos gratuitos. Porém, a atitude de um não justifica a atitude de outro. Quando sair do reality, Lucas poderá pedir a responsabilização dos agressores pelos crimes com os quais ele vem sendo vítima., ressaltou ela.

Com toda a repercussão, popularizou-se na internet internet o conceito de crime de injúria. “O crime de injúria está previsto no artigo 140 do Código Penal, que consiste na ofensa da honra e da dignidade íntima do indivíduo. É o tipo de ofensa que atribui uma qualidade negativa (não importando se é verdadeira ou não). Por exemplo: chamar de “gordo” ou “imbecil”.”, explicou Jorge Conforto, sócio de Juliane da Conforto Advogados.

Já para abuso psicológico e crime de tortura, o profissional disse: Abuso psicológico é aplicado por uma pessoa sobre a outra, especialmente quando há algum tipo de hierarquia entre elas, ainda que implícita. O abusador pratica atos que perturbam e impedem a pessoa abusada agir de forma diferente.”.

“A Lei 9.455/97, que define o crime de tortura, prevê que quem constrange alguém a prestar informação ou declaração, sob ameaça ou violência, resultando em sofrimento físico ou mental, comete o crime de tortura.
Importante destacar que, a referida Lei não limita a prática de tortura apenas a agressões físicas, mas abrange situações em que há emprego de ameaça ou violência que resultem em sofrimento mental ou psicológico.”, esclareceu ele.

Outro ponto que foi levantado é a questão das atitudes de Karol ao zombar da religião de Lucas de forma pejorativa.

“Intolerância religiosa é crime previsto no artigo 208 do Código Penal. A utilização intencional de termos pejorativos para ofender a vítima em razão da religião professada, na presença de outras pessoas, configura o crime por preconceito religioso e dá ensejo à indenização por dano moral, além do processo criminal.”, relembrou Juliane.

Para finalizar, Juliane e Jorge explicaram que “uma vez que o crime de injúria é de ordem subjetiva (cada pessoa age de forma diferente quando é atacado), caso Lucas se sinta agredido em sua honra ou com relação à escolha religiosa, ele pode procurar um advogado para tomar medidas de ordem criminal contra a eventual agressora, bem como, pedir uma reparação pelos danos morais em decorrência dos fatos, principalmente pela exposição em rede nacional.”, afirmaram.

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