Qual foi seu maior momento de consumismo?
Caco: Com instrumentos musicais! Ninguém mais vai na Theodoro Sampaio comigo. Quando eu e o Diego fomos para os Estados Unidos, a coisa que eu mais queria fazer era visitar as lojas. O diego falou ‘desculpa, cara. Eu não vou, vai sozinho. Eu fiquei quatro horas em uma loja só olhando, pesquisando… Sou um perigo! (risos). Eu trabalhei um tempo em loja desse tipo, então eu adoro.
Di: Por enquanto eu tô gastando meu dinheiro com coisas que eu vou usar no futuro. A minha casa, aí dentro da minha casa sim, eu tô comprando umas coisinhas bem legais pra mim, pra lazer mesmo.
Você vai morar sozinho?
Di: É! Eu tô indo morar sozinho, então esse já foi o meu maior gasto. Mas aí tem sempre uma coisinha que escapa… Esses dias eu comprei um quadro do Elvis que piscava. Muito louco! Tem a polícia parando ele, aí fica com a sirene piscando. Depois eu fui pensar e achei que tinha pagado caro demais. Mas é pra minha casa, vai!
Teve alguma fofoca sem noção que já espalharam sobre vocês?
Di: Acho que fofoca de inventar e aumentar as coisas. Eu tinha muito problema antes, tem gente que, só de nos conhecer, já inventa coisas. Pessoas que entram no camarim e já falam, ‘ah, eu fiquei com ele’. Aí um monte de fã nossa acredita nisso, é mó chato! Ainda mais agora que todo mundo na banda namora, isso pega muito mal!
Gee: Acho que foi uma mentira que rolou na internet que o nosso avião caiu! Minha mãe, os pais de todo mundo ficaram ligando. Imagine o susto deles! Eu não lembro direito, mas essa foi a pior!
Dani: Acho que essas de começo de banda, que a gente acabou tirando um sarro, sabe? O povo adorava falar que a gente era só supostamente cinco moleques bonitinhos que não iam durar muito… Aí fica essas coisas de banda montada. É uma fofoca que a gente fez até questão de tirar um sarro, falando ‘ah, o Rick Bonadio manda a gente todo dia na academia, no cabeleireiro’. A gente quer mostrar que se a gente nasceu bonito ou não, é culpa ou não dos nossos pais e que dentro da nossa casca, existe uma música sincera.
Caco: Tem sempre essas de namoro… Quando o Diego começou com a Mari, se o Gee terminou, se o Dani tá bem com a mulher dele. Isso rola o dia inteiro. Aí chegam umas meninas pedindo pra gente mandar beijo para as nossas namoradas, elas viraram personalidade também. È como se as nossas namoradas fossem um espelho para algumas fãs.
Nem faz muito tempo, vocês se inspiravam em várias bandas. Agora vocês são a inspiração pra galera que tá começando… Como é isso?
Di: Isso aí é a maior doideira mesmo! Eu tento nem pensar muito nisso, senão, não é que eu vou enlouquecer, mas vou começar a mudar meu jeito de fazer as coisas em função disso. Aí nada fica muito natural, sabe? Muita gente vai ouvir e querer ter uma banda por causa disso, principalmente se a parada for boa e sincera mesmo. Muito moleque começa a tocar por causa da gente. Isso a gente vê nos shows, tem moleque que vem dizer que tem banda por causa de nós, tem gente que chega e fala ‘pô, toco guitarra por sua causa!’. Na verdade, isso serve para a gente continuar, é sinal que, pô, tá dando certo, tá mexendo com as pessoas.
Caco: É engraçado, porque parece que, pra virar referência, tem que ter muita estrada ainda. Mas a gente vê essa galerinha mais nova se espelhando no jeito como a gente começou. É bom ter passado isso pra essa galera, porque a gente foi muito persistente. Agora é legal que as gravadoras estão muuuito mais de olho no underground paulistano e no carioca também. Então, taí a oportunidade. Quem fizer um trabalho legal vai ser mais fácil de se destacar.
Vocês já fizeram várias parcerias, tocaram ao lado de várias bandas… Tem alguma banda gringa com a qual vocês queiram muito trabalhar?
Dani: Foo Fighters!
Fi: Uma banda que veio ultimamente, Face To Face, é uma das bandas que eu mais gosto. Se não é a banda de que eu mais gosto. Uma banda que eu nunca imaginei ver um show aqui no Brasil e eu já vi duas vezes. A banda tinha acabado e voltou! E eu fiquei me imaginando dividindo o palco com eles. Ou só fazer um som junto, essas coisas.
Gee: Teve uma banda com quem a gente dividiu o palco esses tempos, o The Used e foi muito irado, eu conheci os caras. Mas tem várias também. Acho que se eu pudesse estar perto do AC/DC, perto do Angus, eu ia ficar muito feliz.
Caco: Acho que com o Aerosmith! Eu curto muito. O primeiro som de rock que eu comecei a ouvir foi o Led Zepellin, mas a banda não existe mais. Aí eu passei por Faith No More, Alice In Chains, Pearl Jam, mas o som que me fez pirar mesmo foi o Aerosmith, foi aí que me deu vontade de correr atrás de saber mais, ouvir a discografia e essas coisas.
Di: Eu sempre sonhei em fazer parceria com o Incubus e com o Foo Fighters também. A gente tocou com o The Used e foi muito legal porque a gente ama!
Texto e entrevista: Mariana Scherma
Fotos: Luciano Munhoz/colaborador
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