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Entrevista com Marcelo Mancini, vocalista do Strike

Entrevista com Marcelo Mancini - Strike

Marcelo, o vocalista do Strike, conversou com a tt sobre Nova Aurora, o novo CD da banda. Veja:

O álbum tem batidas de rock bem contagiante, e algumas músicas vêm com um rock mais suingado… Qual era o estado de espírito de vocês gravando o CD, eu imagino que estavam bem alto-astral, foi isso mesmo?
Total! Era um momento de uma Nova Aurora mesmo. A gente estava indo pra uma gravadora nova. Era até um recomeço, a gente estava e numa nova etapa, tentando captar novos fãs e uma galera mais velha. A gente queria ganhar um certo conceito com esse disco. Tanto é que trouxemos essas participações, o Projota, que representa bastante na cena do rap, o Rodolfo Abrantes (ex-Raimundos), que é um dos maiores ícones dos anos 90 e a gente é muito filhote dos anos 90. A gente teve esse astral mesmo pra fazer o disco, curtimos tocar coisas diferentes, fomos buscar esse suingue pra fazer nosso som groovear, sacou? Buscamos esse groove porque até então era um som mais cru, mais reto, era bem trabalhado, mas agora achamos novos formatos. Foi muito bom porque descobrimos saber tocar outras coisas.

Entrevista com Marcelo Mancini -  Strike

Foto: Divulgação

E as participações… O Projota, o Rodolfo, o Dom Lampa, como rolaram, vocês fizeram as músicas já pensando neles?
A gente fez as músicas primeiro. A gente pensou em convidar o Lampião, que é um cara que faz um trabalho, o Julgados Culpados, nos metrôs, nos ônibus, eles vendem o CD, é um reggae muito bom. O Lampião tem uma voz bem jamaicana, um sotaque forte, a gente chamou ele pra fazer esse som e escreveu junto. A participação do Rodolfo veio depois que a gente tinha feito a música Nova Aurora. Achamos a letra forte, espirituosa e fomos atrás dele através de um amigo em comum, ele ouviu a música e topou. Com o Projota foi assim: o André, nosso guitarrista, produziu algumas faixas da primeira mixtape do Projota na nossa casa. Então, ali a gente já emendou a parceria e a participação dele no CD foi inevitável. Eu passei uma parte da música, ele escreveu a parte dele, fizemos o refrão junto. Nos 45’ do segundo tempo, optei por uma coisa nova no refrão e foi assim.

Adorei o clipe de Fluxo Perfeito… O quanto a banda se envolve no roteiro, nas ideias do clipe?
O nosso primeiro clipe, de Paraíso Proibido, a gente não se envolveu nada e a experiência foi catastrófica, a gente detesta o clipe! A gente não gosta nem a pau! EM Fluxo Perfeito a gente se evolveu e já conhecia o trabalho do Maurício Eça, a gente sabia que ele teria talento pra captar e deixar tudo naquela textura bonita que ficou. Tinha também o Rui Mendes na fotografia, que é parceirão e fez a capa do Nova Aurora. Eles respeitaram a vibe da música, que remetia a um lance de praia e a gente quis um lance mais urbano. A gente preferiu se envolver, aí corremos menos risco de não curtir o resultado.

Quem é o mais ator da banda? O que mais leva jeito?
O Fábio, baixista, é bom, ele sabe interpretar. E o Cadu também. O resto é uma negação (risos). O resto, se tiver que interpretar fica difícil. EU já apresentei premiação, ih, é difícil! Mas a gente se vira.

Hoje em dia o sertanejo universitário tem dominado as paradas, você sente que o rock perdeu um pouco de espaço ou não, tem espaço pra todos?
Olha, o rock nunca foi o seguimento mais popular do Brasil, claro que, de um modo geral, em algumas décadas tocava mais. A gente se sente como os remanescentes do rock mais pesado, porque a gente toca bastante, o segundo silngle, Céu Completo também, temos muito apoio dos radialistas. A nossa missão de manter o rock vivo é meio tortuosa, mas acho que estamos conseguindo. Estamos conseguindo ótimos resultados com essa nova fase.

Entrevista: Mari Scherma

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