Nesta sexta-feira (9), a Netflix adiciona em seu catálogo a quarta e última temporada de “Atypical“. Lançada em 2017 e criada por Robia Rashid, a produção acompanha a vida de Sam Gardner (Keir Gilchrist), um jovem que possui espectro de autismo. Lidando com diversos problemas de sua adolescência e juventude, Sam é encorajado por sua terapeuta a tentar novas experiências.
A série, que inicialmente tinha a intenção de ter 5 temporadas, foi renovada oficialmente pela Netflix em Fevereiro de 2020 para a quarta temporada, mas por conta da pandemia, as gravações atrasaram. Apesar de ter confirmado a nova temporada, o serviço também confirmou que essa será o último ano da produção.
“Há muita coisa para fazer com Sam e sua família. A série cresceu e alterou a trama não somente para a vida de Sam, mas para tudo que o rodeia. Estamos construindo uma grande e bela história, e quero contar até o fim.”, afirmou Rashid.
E o que esperar da última temporada?
A todateen teve acesso antecipado aos 10 episódios da produção e, se pudéssemos resumir tudo a que assistimos em uma frase, seria: prepare o coração!
Com pequenas tramas espalhadas por toda a temporada, é seguro dizer que dessa vez cada personagem ganha um arco narrativo muito bem pensado. Para o fim de uma série, os roteiristas realmente conseguiram amarrar tudo o que mostraram ao longo dos anos e deram um final digno para cada um dos protagonistas que tanto nos inspiraram.
Sam, por exemplo, vai morar com Zahid e enfrenta algumas adversidades em sua vida pessoal. Isso acaba mostrando ao público o quanto ele conseguiu crescer ao longo da série, passando por cima de coisas que, para quem assistiu a primeira temporada, seriam inimagináveis.
E o mesmo ocorre com Zahid, que enquanto continua com o ar de leveza e piadas sujas, tem que cuidar de um assunto pessoal de forma adulta. É nesse ponto, inclusive, que a série demonstra de maneira exemplar como conseguiu amadurecer até mesmo o mais jovial de seus personagens.
Além disso, o amor e o apoio da família é um tema recorrente nessa temporada. Os Gardners, que inicialmente se estranhavam muito e eram cheios de conflitos, voltam com muito mais união, mostrando que o tempo e a maturidade — de todos, não apenas de Sam e Casey — pode curar muita coisa.
E por falar em Casey, ela é a responsável por levantar o debate da orientação sexual. Embora ela tenha decidido ficar com Izzie, a série ainda não tinha falado abertamente sobre sua sexualidade ou a aceitação disso na sociedade. Dessa vez, muito do arco das duas é focado nesses conflitos e em pensamentos sobre o desenvolvimento da relação.
E até mesmo Paige, que ganhou o coração de Sam por ser metódica e cheia de regras, consegue um espaço — menor, mas ainda assim, um espaço — no desenvolvimento da série, mostrando que é possível ser feliz mesmo quando os planos não saem conforme o planejado.
De maneira geral, é seguro dizer que a última temporada de Atypical vem para mostrar que a família Gardner e seus agregados conseguiram aprender com seus erros e, agora, ficarão muito bem, mesmo que a gente não possa mais os acompanhar em novas aventuras.