Como você já deve saber, durante os períodos mais complicados da pandemia de Covid-19, a procura por produtos e conhecimentos sobre skincare cresceu exponencialmente. Só para ser ter ideia, no TikTok a hashtag contabilizou mais de 99 bilhões de visualizações.
Enquanto isso, um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Kantar mostrou que a categoria de cuidados pessoais cresceu 13% em vendas em 2020 na América Latina. Já a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), aponta que houve um crescimento de 161,7% nos 10 primeiros meses de 2020 nas vendas de produtos destinados à pele.
É importante ainda considerar que há uma diversidade muito grande de itens, no entanto, nem todos são direcionados para todos os tipos de pele. Entre eles, estão os esfoliantes, que chegam com o objetivo de causar uma renovação das células, além de benefícios como a eliminação de manchinhas, maior produção de colágeno e melhoras na textura, deixando a pele mais lisa e brilhando, assim como os poros mais fechados.
Em conversa com a todateen, a dermatologista Cintia Cunha comenta que o tratamento é indicado especialmente para pessoas com tendência à cravos e poros mais dilatados. Em contrapartida, para aquelas que possuem rosácea ou peles mais sensíveis, alérgicas e com melasma, o procedimento pode não ser tão bom assim, viu?
“Existem diferentes tipos de esfoliação para a pele. A esfoliação pode ser física, a partir de micropartículas, que é o que fazemos quando misturamos um hidratante com açúcar cristal, por exemplo, ou quando compramos sabonetes esfoliantes que têm esferas no produto para poder promover uma renovação física”, explica.
Cinta também pontua que outra maneira de realização é a esfoliação física, feita em clínicas, com uso de peelings de diamante e cristal. No entanto, é necessário ressaltar que cada tipo de esfoliação representa um nível de intensidade. Segundo a dermatologista, para uso caseiro, as esponjas e sabonetes esfoliantes ajudam bastante.
Existe diferença entre esfoliação corporal e facial?
Bom, apesar de serem semelhantes, a diferença fica por conta do material utilizado em cada área. Em geral, pelo corpo ter uma pele mais espessa, requer partículas de esfoliação maiores.
“Mas ela também pode acontecer de maneira química, é o que acontece quando fazemos algum tipo de peeling. Os peelings são maneiras de promover uma esfoliação da pele por meio de ácidos aplicados em diferentes concentrações, do mais leve ao mais potente. Quando atingem algumas camadas da pele, causam um processo de alteração celular em que a pele é obrigada a se descamar, a se renovar”, conta.
Por fim, ela alerta sobre os cuidados exigidos com a esfoliação e principalmente por se tratar de um processo mais agressivo, não deve ser feito exageradamente. Uma vez por semana é o suficiente, e mesmo assim, dependendo das características de cada pele, essa frequência pode ser menor.
“Quando falamos de tipos de esfoliação e tipos de pele, não depende tanto da pele ser oleosa, seca ou sensível, nada disso. Depende da combinação de ativos que esse paciente está utilizando”, pontua.
“Pessoas que usam ácidos, como ácido retinóico, substâncias que já deixam a pele muito sensibilizada, são pessoas que se fizerem esfoliação, ela será feita talvez uma vez por mês ou menos”, finaliza.