Ana Beatriz Brandão é um exemplo de perseverança: tem apenas 14 anos e já escreveu 13 livros! Seu primeiro livro publicado pela Editora Novo Século, “Sombra de um Anjo“, já virou um sucesso. Durante a Bienal do Livro de São Paulo, a todateen bateu um papo com a autora, que contou os detalhes do seu primeiro livro e as expectativas com a carreira. Confira!
Foto: Isabela Zamboni
Com quantos anos você começou a escrever?
Em fevereiro do ano passado (2013), eu tinha treze anos na época.
Como surgiu a ideia do livro?
Eu estava numa viagem, daí eu tive um sonho doido e a história do sonho ficou na minha cabeça. Depois, quando fui pra casa, comecei a formular a história e contei pra minha mãe sobre minha ideia. Então ela falou: “Por que você não tenta escrever? Você não vai perder nada se não der certo”. Então eu comecei o livro.
Sobre o que é o livro?
O primeiro, “Sombra de um Anjo”, faz parte de uma série de quatro livros e é sobre uma garota que sofre um acidente de carro e acorda numa ilha que só existem os sonhos e pesadelos que ela já teve na vida. E como eles estão em guerra, ela deve solucionar toda essa situação.
Divulgação/Novo Século
Você sonha em ser escritora? Você já escolheu isso como sua futura carreira?
Não, na verdade eu queria fazer faculdade de cinema para ser roteirista.
E você pretende que “Sombra de um Anjo” vire um filme?
Sim, mas eu também queria transformar em filme vários livros famosos de outros autores, porque eu sei como os fãs gostam.
E qual livro você mais gosta atualmente? Vish (risos), eu acho que Harry Potter é o meu preferido.
Por que você sonha em ser roteirista? Quais filmes te inspiraram a querer escrever para o cinema?
Se eu fosse escritora, eu teria que estudar gramática (risos) e eu odeio. Gente, eu gosto de biologia! Eu acho que sou mais voltada para as artes, do que para gramática, por exemplo. Combina mais comigo.
Se você pudesse escolher atores e atrizes para interpretarem os personagens do seu livro no cinema, quais você escolheria?
Eu faço isso todos os dias, fico procurando rostos pela rua! (risos) Mas eu acredito que o Klebber Toledo seria o “Gabriel” perfeito e a Marina Ruy Barbosa combina bem como “Samantha”.
Você está viajando bastante para divulgar o livro. Como você concilia sua agenda com a escola?
Então, é bem difícil! Estou faltando bastante, só fui uma vez na aula essa semana, por causa da Bienal…mas, no dia a dia, como estudo somente no período da manhã, fica mais fácil. Então eu tento dividir o tempo entre escola, atividade extra-curricular, amigos e escrever, que é uma das coisas que eu mais gosto de fazer na vida.
E sua família te apoia bastante?
Sim! Minha mãe e meu pai. A escola também!
Como seus amigos e o pessoal da escola têm lidado com sua fama? As pessoas te reconhecem na rua?
Eu conheço meus amigos desde que eu era pequena, então não muda muita coisa. Só os que leram o livro, porque agora eles gostam de ficar comentando sobre a história. Quando eu publiquei meu livro, muitos falaram que iam comprar e foram na noite de autógrafos, mas outros já falaram “olha Ana, gosto muito de você, adorei a história, mas vou esperar o filme!” Então não mudou muito a relação com meus amigos próximos. Mas, com pessoas de fora, eu tenho recebido várias mensagens, de escritores da minha idade, dizendo que eu sou a inspiração deles, falando que achavam que não era possível escrever… pessoas de outra cidade vieram me ver e me deram presentes…é bem legal!
É normal na escola rolar “panelinha” e rixa entre os colegas. Você sentiu que tinha alguém na sua escola que não gostava de você, mas, de repente, “virou” sua amiga?
Não! Claro que eu tenho recebido um pouquinho mais de atenção, mas só um pouco. Por exemplo, alguém que mal falava comigo, às vezes me fala oi, vem conversar comigo…de resto, tudo igual!
Você pode dar uma dica para as leitoras da tt que sonham em escrever um livro?
Siga seus sonhos, porque se é o que você realmente quer, se você tentar, vai conseguir. É só ter bastante força de vontade! Se você não tem apoio, mas se mesmo assim é algo que você queira fazer, não ligue pra isso. Se você acha que não vai ganhar dinheiro com a profissão que você escolher, não se importe! Dinheiro é uma consequência, se você fizer o que gosta e der o seu melhor, por consequência, você será uma das melhores profissionais na sua área.
Entrevista: Mayara Castro e Isabela Zamboni
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