Gaby Moretto é do interior de São Paulo e ganhou destaque quando participou do quadro Mulheres que Brilham do programa do Raul Gil, conquistando geral com a sua voz. Nessa entrevista incrível você conhece um pouco mais sobre essa fofa e ainda fica por dentro de tudo que está rolando na carreira dela. Vem ver!
Quando você decidiu que gostaria de seguir a carreira musical?
Seguir essa carreira foi uma maneira que encontrei de canalizar uma paixão que tenho, que é cantar e tocar. Se você me perguntasse desde quando eu percebi que tinha um relacionamento íntimo com a música, eu diria que sempre. Quando era pequena, adorava sentar e ouvir minha mãe tocando violão e cantando pra gente – e acho que isso foi uma influência muito grande nesse sentido. Então, eu resolvi deixar essa paixão tomar conta, fui aprendendo a tocar instrumentos e busquei fazer aulas de canto que pudessem me indicar a técnica. Mas a carreira musical é muito difícil, o mercado é bastante competitivo e por muito tempo tive medo. Foi somente depois da ir tocar na Hungria que percebi que eu não estava fazendo aquilo, eu ERA aquilo, e foi então que “comecei” a minha carreira.
Por ser de Lençóis Paulista, interior de São Paulo, você sente que teve mais dificuldade em engatar na carreira de artista? Por quê?
Não exatamente. É claro que em cidades pequenas existe uma menor variedade de entretenimento, além de termos públicos mais específicos. Mas Lençóis Paulista é uma cidade abençoada e extremamente acolhedora, e me proporcionou muitas oportunidades para mostrar o meu trabalho. Acho que isso ajudou também no meu desenvolvimento profissional, porque é mais fácil ter confiança para cantar em um lugar conhecido. Então, o meu desenvolvimento começou em minha cidade e foi crescendo, mas só tenho a agradecer por ter vindo de uma terra tão especial.
Você venceu um concurso musical na Hungria! Isso impulsionou você a seguir seu sonho de ser cantora?
O concurso da Hungria foi importante, pois ele me mostrou que as pessoas estavam respondendo positivamente ao meu trabalho. Foi quando percebi que poderia investir em minha carreira e mostrar minha música para públicos diferentes. Vencer o concurso foi, em outras palavras, motivação para eu continuar.
A música “Eu e Você” fala sobre uma experiência sua, né? Como rola o processo de composição das suas músicas?
Sabe aqueles dias em que a gente tá feliz da vida, cantando no chuveiro? (risos). Compor funciona mais ou menos da mesma forma, as experiências da minha vida me levam a pensar em letras e melodias que eu gostaria de cantar. Essa é a minha forma de me expressar. E “Eu e Você” é a reunião de vários momentos de felicidade que experimentei, por isso tenho muito carinho por ela. Quero que as pessoas se sintam bem quando a escutarem, porque ela foi feita a partir de sentimentos muito lindos.
Suas músicas geralmente têm uma pegada romântica + reggae. De onde surgiu o gosto por esse estilo? E você se considera uma pessoa apaixonada?
Estar apaixonada é muito bom! (risos). Eu acho que a minha música tem uma pegada mais romântica, sim. E isso é um reflexo do meu jeito de ser. O reggae é um estilo gostoso de ouvir, que faz a gente se sentir bem. Sempre gostei de ouvir o reggae nacional: Natiruts, Armandinho e Onze20, e acho que isso acabou tendo uma influência muito positiva na minha música.
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Você já fez cover do Onze20, Armandinho, Cássia Eller, Nando Reis e muitos outros. Quais são suas maiores referências musicais?
Cássia Eller sempre foi uma influência, aquela mulher era uma fera no palco. Eu vejo entrevistas que ela deu e fico impressionada com a maneira que ela se transformava quando cantava. Mas é claro, tenho outras influências de diversos estilos musicais. Hoje em dia tenho ouvido muita coisa boa, de estilos que vão de Onze20, Tiê, Luan Santana a Demi Lovato, Justin Bieber.
Se pudesse escolher uma pessoa para fazer parceria musical quem seria?
Que pergunta difícil! Acho que eu adoraria sentar pra compor uma música com o Nando Reis, ele genial. Também gostaria de dividir o palco com Luan Santana, que é fantástico.
O clipe de “Eu e Você” conta com o seu amigo grafitando e muita good vibes. Como surgiu a ideia para ele?
Gravar esse clipe foi divertidíssimo! Eu sempre gostei da arte do grafite e a gente estava buscando fazer algo diferente. Então pensamos em buscar alguma coisa que fosse delicada, mas também forte. Foi aí que meu grande amigo Dinho apareceu como um verdadeiro presente. Ele é um cara talentoso lá de Lençóis e o trabalho dele tem uma vibe muito positiva. A nossa ideia foi deixar rolar, queríamos que o desenho fosse um retrato da música. Acho que essa união da música com o ukulele, o clima descontraído do skate e das tintas, o trabalho do Dinho, tudo isso trouxe um resultado maravilhoso e eu só tenho a agradecer a todos os envolvidos.
Na música você diz para alguém que essa pessoa a faz feliz e fala para “ficar mais”. Fora dos palcos você costuma falar tudo o que sente como na música ou é mais contida?
Eu acho que a melhor maneira que encontrei para me expressar é cantando. A música fala por si só. Pessoalmente, eu acho que sou uma um pouco mais reservada e falo de sentimentos mais abertamente com quem tenho mais intimidade.
Entrevista: Ana Castilho/colaboradora
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