A autora Lucinda Riley, criadora da saga As Sete Irmãs, esteve no Brasil na última Bienal, mas essa na é a primeira vez. Não mesmo! A autora é fã do nosso país, inclusive o Rio de Janeiro é o local onde se passa a história do livro A Irmã Da Sombra.
Neste ano, Lucinda foi convidada internacional da Bienal e falou sobre inspiração, família e seus novos projetos para cerca de 500 fãs. Com obras lançadas em 36 países e traduzidas para 22 línguas, a irlandesa já vendeu mais de 8 milhões de exemplares ao redor do mundo. O lançamento do terceiro volume da série As Sete Irmãs, A irmã da sombra, foi exclusivo para a Bienal! Conversamos com exclusividade com ela ela, vem ver!
Foto: Cappelen Waller
tt: Vender mais de 8 milhões de livros é algo tipo UAU! E você vendeu por todo o mundo, o que é mais incrível! Como fica a sensação de saber que pessoas de culturas diferentes estão lendo suas obras?
É uma honra incrível e sou muito grata aos meus leitores. O suporte deles é uma motivação constante pra mim. Amo dividir minhas histórias com todo mundo. É ainda mais especial tocar pessoas de diferentes partes do mundo, ainda mais quando essas pessoas escrevem para dividir suas histórias comigo. Me sinto conectada com todos.
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tt: Por que escolheu o Brasil pra lançar antes o livro A Irmã Da Sombra?
O primeiro livro da série As Sete Irmãs se passa no Rio de Janeiro e foi lançado, em 2014, antes de todos os lugares. Tenho lembranças incríveis desse lançamento, foi uma noite mágica. Meus fãs do Brasil me dão muito suporte e minha editora, a Arqueiro, trabalhou duro para trazer a série A Irmã Da Sombra, então, fiquei feliz de fazer isso. Será publicado no Reino Unido e na Alemanha em novembro. No resto do mundo, no começo de 2017.
tt: E por que o Rio virou cenário de A Irmã Da Sombra?
Visitei o Rio pela primeira vez em 2012, quando vim a Bienal de São Paulo. Viajei a Curitiba e, quando cheguei ao Rio, me apaixonei perdidamente pelo estado e sua população. A beleza e o jeito aberto, tanto da paisagem quanto das pessoas, é algo único. Combinou certinho com meu jeito!
Já viajei para para muitos lugares, por ser escritora, e é raro sentir algo como “PRECISO escrever sobre este lugar”. Na primeira manhã que acordei no Rio e vi as ondas do Atlântico quebrando na praia de Ipanema, soube que precisava fazer isso. A história de Maia se desenvolveu de forma natural desde esse momento e voltei ao Rio em 2013 pra continuar a pesquisa para As Sete Irmãs. O Brasil é como a minha casa.
Foto: Cappelen Waller
tt: Como uma história tem início na sua cabeça: é inspiração ou muita pesquisa?
A primeira semente da ideia surge de uma locação. Sou sortuda de viajar por todo o mundo e é sempre um lugar que faz eu me inspirar. Aí surge um personagem – eles tomam conta da minha cabeça e decidem pra onde vai a história, eu vou escrevendo. Claro que tem muita pesquisa envolvida, e é sempre empolgante achar fator surpreendentes que pode fazer a história mudar de rumo. No caso de As Sete Irmãs, descobrir o mistério em torno do Cristo Redentor formou a base da história da Bel.
tt: Do seus personagens, tem algum preferido?
Isso é quase como me perguntar qual dos meus filhos eu prefiro! Todas as seis irmãs na série As Sete Irmãs. Atualmente estou trabalhando na história da Ceces e estou amando muito. Anahita, de A Rosa da Meia-Noite é outra das minhas preferidas – ela é forte e sábia! E embora quase nunca baseie meus personagens em pessoas que conheço, Aurora, de A Garota do Penhasco, é quase como eu mesma!
