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Exclusiva: Duncan Laurence, dono do hit “Arcade”, explica origem dramática da música

Se você tem uma conta no TikTok, provavelmente já ouviu a música “Arcade“, do Duncan Laurence. O cantor ficou conhecido por ganhar o Eurovision de 2019, em Israel. O single é de seu primeiro álbum, intitulado Small Town Boy.

Em entrevista exclusiva à todateen, o artista contou a história dramática por trás de sua música de sucesso, falou sobre sua parceria com Fletcher e ainda contou que sente vontade de conhecer o Brasil. Confira:

Quando você percebeu que a música tinha virado hit?

Um dia, meu produtor me ligou e falou “Acho que você precisa dar uma olhada no TikTok porque tem algo acontecendo com ‘Arcade’” e quando eu vi, eram fãs de Harry Potter usando a música para criar novas cenas. Eu sou muito fã da saga, então me senti honrado em fazer parte disso. É uma comunidade muito grande. E, depois disso, percebi que era uma trend. Continuou crescendo e mais pessoas começaram a ouvir. Foi muito legal ver tudo isso acontecendo. Foi muito inspirador ver tantos vídeos criativos e pessoas interpretando a música da forma delas.

Você imaginava que esse sucesso pudesse acontecer com suas músicas?

A coisa que eu acho mais difícil, atualmente, é não saber se a música vai ser tornar um hit, porque isso quem decide são as pessoas. Por exemplo, ‘Arcade’, foram as pessoas no TikTok quem decidiram usar. E a partir daí, mais pessoas começaram a ouvir e se conectar com a canção. Honestamente, acho que hoje em dia é sobre a história. Isso se conecta com as pessoas? Se sim, acho que será ouvida por muita gente. Mas resumindo, não, eu não tinha ideia de que faria esse sucesso quando eu estava escrevendo atrás do meu piano empoeirado.

E por falar no processo de criação, qual é a história dessa música?

Eu a escrevi há alguns anos, talvez há quatro ou cinco, e peguei a história de uma amiga minha, que morreu tragicamente. Ela era um pouco idosa, era uma amiga da família, e tinha o amor da vida dela. Porém, eles haviam se divorciado há alguns anos e, infelizmente, quando ela morreu, ele não foi se despedir.

O que me marcou é que, mesmo no leito da morte, ela continuava olhando para a porta e esperando ele chegar, mas isso nunca aconteceu. Então, eu prometi a mim mesmo, quando ouvi essa história, que não deixaria o amor dela morrer. Eu queria transformar isso em algo bonito, e foi como comecei ‘Arcade’. Adicionei também um pouco das minhas experiências, porque cresci em uma cidade bem pequena e só depois fui para uma cidade maior. A história dela está viajando o mundo e sendo ouvida por muita gente e acho que tem um pouquinho dela nisso.

E como aconteceu a parceria com Fletcher?

Fletcher trabalhava com a mesma equipe que eu nos Estados Unidos e eu estava ouvindo muita coisa sobre ela, me inspirando muito. Ela apoia bastante as pessoas Queer e toda a vibe dela é tão boa… é uma mulher maravilhosa para ouvir, ela é muito talentosa. Então, o momento que ela me chamou e falou que seria legal ter um verso em ‘Arcade’ eu fiquei tipo: ‘Sim, por favor, faça o mais rápido possível’, porque eu adoro ela. Então, a gente combinou nossos dois mundos juntos e eu achei um processo legal. Eu estava cantando há um tempo já, mas ter uma pessoa nova que se atrai tanto por seu trabalho e poder misturar as coisas foi muito legal. Mal posso esperar para mais duetos e colaborações com outros artistas.

E agora que fez tanto sucesso, se sente pressionado para os próximos lançamentos?

Eu não posso mentir, então sim, eu me sinto pressionado, mas de um jeito bom. Minha música está sendo ouvida e as pessoas estão gostando. Muita gente tem falado sobre a letra e a melodia, e são coisas que eu foco muito quando estou escrevendo. Então, tem a pressão, mas acho que é mais de um jeito animado, estou entusiasmado para lançar mais coisas. No fim, eu vou fazer música que eu acredito e acho boa.

E, para terminar, o que você acha do Brasil? 

Eu amo o Brasil! Ouço muita coisa sobre vocês, mas infelizmente nunca visitei. Na verdade, eu nunca saí da Europa, exceto por Los Angeles, nos Estados Unidos. Mas eu ouço muito sobre como a tradição musical de vocês é linda. Então, o que eu adoraria fazer se visitasse o país seria beber uma boa taça de vinho, cerveja ou qualquer outra coisa na rua, comer uma comida maravilhosa e sair, me divertir. Porque eu sei que tem muita coisa bonita aí.

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