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Volta às aulas: como adaptar a mente à rotina com o fim das férias

O grande desafio depois das férias é se adaptar de volta a rotina - Crédito: Shutterstock

O tempo passou voando, né? Em um piscar de olhos, as férias de julho já se foram, junto com o mês. Vamos ser sinceras, entrar no recesso é super fácil, mas voltar à rotina… dai já é outra história. Levando em consideração os hábitos do nosso próprio organismo, é mais complicado se adaptar à volta da rotina de estudos.

Com esse período de descanso, o corpo não segue mais um padrão, então o maior desafio é readaptar o relógio biológico e o nosso cérebro. “Se você ainda não entrou no ritmo, pode ficar tranquilo: isso é natural. Demora cerca de uma semana, mas aos pouco o cérebro entende que ele precisa voltar a trabalhar”, afirma Dr. Fernando Gomes, médico neurocirurgião e neurocientista do Hospital das Clínicas de SP.

Ele explica que é no hipotálamo, região do cérebro que controla os vários relógios biológicos do organismo, que o composto de um conjunto de células nervosas com cerca de 10 mil neurônios formam um centro de comando chamado núcleo supra-quiasmático. “É nele que estão todas informações de qual ritmo o corpo deve seguir, desde quanta fome vamos sentir, passando pela regulação do sono, a temperatura, pressão arterial, funcionamento do intestino e outras funções vitais”, fala.

Durante o período de férias, é normal acordar e dormir mais tarde, assim, os milhares de neurônios recebem informações diferentes acerca das rotinas do corpo como horários diferentes e padrões alimentares relaxados. Outro aspecto que influencia é a presença de luz no ambiente em horários em que normalmente seria para estar dormindo.

Quem nunca ficou se sentindo exausta quando retomou a rotina? – Crédito: Shutterstock

Por isso que na hora de voltar à rotina normal, o corpo reage negativamente e não volta tão rápido ao estado que deveria estar, deixando a sensação de estarmos mais preguiçosos. E como fazer para se adaptar de volta? Calma que a gente explica!

O médico também ressalta que as férias não devem ser vistas como um remédio para resolver todos os problemas ou curar, por exemplo, um Burnout (um estresse extremo). Elas são importantes, claro, mas os dias de folga não irão recuperar de um problema sério, como um transtorno depressivo, ou outro abalo na saúde mental. “As férias são indispensáveis, mas não substituem terapias e remédios”, deixa claro o especialista.

A parte boa nisso tudo é que em poucos dias o cérebro começa a trabalhar a favor da rotina e dos estudos, afinal, ele se alegra quando está em pleno funcionamento. “Nada de se atropelar e cobrar mais do seu cérebro do que ele capaz de te dar agora. Ao invés disso, o ajude tentando colocar algumas dicas abaixo em prática para evitar a indesejável ansiedade pós-férias. Afinal, não adianta nada tirar uns dias de descanso, mas ficar com a mente estressada, pensando sem parar no trabalho e temendo nossa volta à rotina”, finaliza.

Agora, para facilitar esse processo, o médico deixou algumas dicas super importantes para seguir e retomar a rotina de maneira saudável. Vem conferir!

  1. Tente ir deitar uma hora mais cedo do que o horário em que pretende dormir;
  2. Evite café ou substâncias estimulantes depois das 17 horas;
  3. Não exagere nas refeições noturnas;
  4. Evite exercícios físicos após às 21h;
  5. Desligue-se da TV, computador e celular mais cedo do que o habitual;
  6. Recomece os estudos e atividades de forma progressiva. Inicie com pendências mais leves e simples de fazer. Dê valor aos intervalos e momentos de refeições.
  7. Não se force a ficar muitas horas focado em uma única coisa. Dessa forma, sua mente terá mais chances de se adaptar.

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