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Entrevista: Patrícia Barboza, autora de As MAIS

Entrevista exclusiva e TDB com a Patrícia Barboza, autora do sucesso As MAIS!

Patricia Barboza

Quem diria que numa tarde preguiçosa surgiria a ideia necessária para escrever um livro que se tornaria sucesso nacional? Foi isso o que aconteceu com a autora Patrícia Barboza! Para quem não conhece a Patrícia, a gente apresenta: ela é a autora da série de livros As MAIS e está bombando em todo o Brasil. O primeiro livro da série já vendeu aproximadamente 20 mil exemplares!

A história do livro é superlegal: ele conta a história de quatro amigas que formam a sigla da amizade formada pela inicial dos nomes: Mari, Aninha, Ingrid e Susana. As quatro meninas resolveram escrever um livro juntas, relatando suas aventuras mais marcantes durante um ano inteiro.

Confira a entrevista que fizemos com a autora:

As MAIS - Patrícia Barboza

tt: O livro conta a história de quatro amigas que resolvem escrever um livro juntas. Como foi criar quatro personagens principais tão diferentes?

Pati: Não foi uma tarefa fácil. Mas também foi muito divertido fazer. Elas são muito diferentes e como o texto é narrado em primeira pessoa, eu precisava me sentir como a personagem. O sentimento e a forma de falar precisavam estar claros para o leitor. Fiz muitas pesquisas. A internet foi uma grande aliada e fonte de muita informação. Acho que a parte mais difícil pra mim foi a criação da Susana, pois eu nunca fui boa em qualquer esporte. Pesquisei sobre o tema e tive uma abertura maravilhosa na sede do Botafogo, assistindo treinos da equipe infantil feminina de vôlei. Eu pude entrevistar o técnico, as atletas e a mãe de uma delas para conhecer mais de perto todos os desafios e dificuldades. Também frequentei algumas aulas de teatro por causa da Mari, vi muitos filmes românticos para a Ingrid e pesquisei blogs literários para compor a Aninha.

tt: Com qual das personagens você se identifica mais?

Pati: Cada uma tem um pouquinho de mim, mas reconheço que sou muito parecida com a Mari. Não é à toa que ela usa franja, como eu. Eu sou um tantinho atrapalhada e tenho uma coleção de micos quase que diários. Quando eu tinha 13 anos fazia parte do grupo de teatro da escola, mas acabei não seguindo essa carreira. Emprestei essas características minhas para ela.

tt: Você foi a autora juvenil mais vendida durante a Bienal do Livro de São Paulo. Como é receber o reconhecimento do público?

Pati: Sempre foi um desejo meu autografar durante todos os dias na Bienal de São Paulo. Foi a primeira vez que eu tive a oportunidade e fiquei muito feliz com o resultado. Foi uma alegria muito grande receber o carinho do público e principalmente ver que tinha conseguido atingir o meu objetivo com o projeto. Uma das coisas mais carinhosas foi receber agradecimentos de mães, tias, avós… Elas faziam questão de falar comigo, agradecendo por eu ter criado um livro que tinha despertado tanto interesse pelos adolescentes. Eu queria atingir positivamente os jovens. E fiquei emocionada ao descobrir que tinha conseguido atingir toda a família.

tt: Você acha que mesmo com ferramentas como blogs e redes sociais, os jovens estão lendo mais?

Pati: Sim! Fico muito feliz acompanhando as trocas de opiniões pelas redes sociais. Muitos desses jovens se tornaram blogueiros literários, unindo as duas paixões: internet e leitura. A internet é uma ferramenta maravilhosa para buscar informações sobre livros. Infelizmente existem cidades que não possuem livrarias! E como saber sobre os lançamentos? Nem sempre é possível viajar para a cidade mais próxima para visitar uma livraria. A internet se tornou uma grande aliada nessa divulgação.

tt: Você é superativa no seu blog e nas redes sociais. Você gosta de estar sempre em contato com o seu público?

Pati: Adoro! Dedico algumas horas do meu dia para esse contato. Ninguém faz isso por mim, faço questão de comentar e responder pessoalmente cada recado. É um prazer enorme falar diretamente com os leitores.

Patricia Barboza

tt: Você sempre namorou ou era mais na sua?

Pati: Namorava, mas era muito na minha. Hoje, quem me vê falante nas palestras, não acredita que eu era extremamente tímida e ficava vermelha por qualquer coisa. Eu adorava dançar, ia a muitas festas e sempre conhecia garotos assim. No colégio não tive muita sorte. Nunca fui daquelas que se destacavam.

tt: Você é do tipo que se declara, ou deixa as dicas “no ar”?

Pati: Infelizmente, ou felizmente, sou uma pessoa muito transparente. Sou muito expressiva e logo quem me conhece percebe se eu estou alegre, nervosa, feliz, contrariada. E, quando estou a fim, não adianta, sempre fico com aquela cara de boba, por mais que tente disfarçar. Apesar disso, prefiro dar dicas e esperar que o outro tome a iniciativa.

tt: O que a gente pode esperar da continuação da série, agora que as meninas entraram no ensino médio?

Pati: Eu sempre vou tentar abordar os assuntos da forma mais descontraída possível. É muito complicado decidir a profissão que vai seguir pelo resto da vida aos 15 ou 16 anos. É normal ter dúvidas. Existe uma pressão enorme para passar no vestibular logo de primeira. Ou mesmo seguir a profissão da família. E, ao mesmo tempo, existem tantos outros conflitos para serem superados como o primeiro amor, questões de autoestima, mudanças no próprio corpo. Vejo um enorme medo de errar e muita culpa gigantesca quando as coisas dão errado. Quero mostrar que faz parte do aprendizado. Deu errado? Vamos aprender, tirar o ensinamento disso tudo e bola pra frente. O mundo é rico de oportunidades, basta prestar atenção e ter a mente aberta.

tt: Todas as personagens já “sofreram” um pouquinho por amor. Seja por um amor platônico ou por uma discussão com o namorado… Até que ponto você acha que isso é saudável?

Pati: Quanto a sofrer por amor, isso independe de ser adulto ou adolescente. Não é nada saudável quando a pessoa passa a se isolar por causa desse amor. O erro está em projetar a carência no outro. E quando o outro não supre essa carência, vem o sofrimento. Acho que o exercício mais difícil do ser humano é praticar o amor próprio. Você precisa se amar primeiro para poder amar o outro.

Livros As Mais

tt: Algum projeto paralelo? Quais são os seus planos?

Pati: Além da escrita dos outros volumes da série As MAIS, tenho um projeto de visitação escolar chamado Leitura Nota 10. Visito as escolas, especialmente do Rio de Janeiro, onde moro. Nesses encontros falo sobre os meus livros, leitura de uma forma geral e tiro dúvidas sobre os processos do mercado editorial.
O outro projeto para 2013 é a publicação de um livro de contos. Fiquei muito feliz ao receber o convite para participar! O livro será publicado pelo selo Galera Record e vamos recontar as histórias de quatro princesas, tendo como base os contos originais Grimm. Junto comigo nesse projeto, estão a Meg Cabot (A Bela e a Fera), Lauren Kate (A Bela Adormecida) e Paula Pimenta (Cinderela). Coube a mim o desafio de recontar a história da Rapunzel nos dias de hoje. Também tenho um inédito, ainda sem título, com previsão de lançamento para 2013 pela Editora Verus.

Gostaram, meninas? Vocês já leram os livros da série As MAIS? Conta pra gente nos comentários! 😉

Foto: Divulgação

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