A Bienal Internacional do Livro de São Paulo foi um momento superimportante para a vida de Paula Pimenta! A autora da coleção “Fazendo meu Filme”, voltou para lançar “Fazendo meu Filme” em quadrinhos, pela Editora Gutenberg!
Antes da sessão de autógrafos, a mineirinha deu uma entrevista exclusiva à tt e nos contou sobre essa nova experiência de dar uma “cara” aos personagens, que a fizeram conhecida na literatura teen. Além disso, ela falou sobre sua parceria com a #diva Meg Cabot e deu dicas para quem quer começar a escrever!
Foto: Rafael Castilho/Grupo Autêntica
tt: Seu grande lançamento na bienal desse ano é o clássico “Fazendo meu Filme”, mas dessa vez foi em quadrinhos! Como foi dar formas e cores para mostrar ao mundo os personagens que você conhecia (fisicamente) apenas na sua cabeça?
Paula: Foi muito legal! Primeiro porque pude exatamente dar uma cara aos personagens. Eu tive a liberdade de falar exatamente para os desenhistas como eu imaginava e pude ir montando eles até que eles estivessem idênticos ao o que estava na minha imaginação. E depois, porque todo mundo estava sentindo falta da série “Fazendo meu Filme”e agora são aventuras novas, são capítulos extras especialmente feitos para esse novo projeto. Então, é muito legal porque eu e os leitores podemos matar a saudade!
tt: Conta pra gente qual é a sua maior inspiração para escrever essa série tão amada pelos teens?
Paula: A minha maior inspiração é a minha própria adolescência. Eu pego minhas agendas antigas e tenho tudo registrado, leio e releio para tirar algum detalhe a mais. Mas transporto tudo para os dias de hoje, porque na minha época não tinha internet, por exemplo. Então, eu uso as coisas que eu vivi e passo para a realidade de agora.
tt: Dá para perceber que você é muito próxima dos seus fãs e consegue criar uma ligação, tanto nos seus livros quanto nas redes sociais, muito forte com o mundo teen. Como você fez para criar esse laço com seus leitores?
Paula: Na verdade, essa identificação foi uma surpresa, porque eu escrevi o primeiro livro inspirada minha adolescência.Então, eu imaginava que as minhas amigas e as mulheres da minha geração que iriam gostar, mas acabei descobrindo que a adolescência é tudo igual, não importa a época. Só o que muda é o estilo de vida, mas os sentimentos são os mesmos. Quando eu comecei a receber muitos recados de pessoas mais jovens foi que eu percebi que eu consegui atingir os adolescentes de hoje. E eu gosto dessa interação com os meus leitores, procuro saber o que eles querem, eu procuro um ‘feedback’ a partir desse contato para melhorar os próximos livros. Fora isso, tento prestar atenção ao o que eles estão fazendo, escutando, assistindo, tudo isso isso para que eu possa adaptar a minha inspiração para os dias atuais.
tt: Todos nós conhecemos as personagens principais, mas qual dos secundários é o seu favorito? Qual se parece mais com a Paula?
Paula: Huuuum, o Rodrigo! Ele tem esse jeitinho meio poético, ele gosta muito de escrever e de música, é tímido, ou seja, ele é muito parecido comigo. Obviamente, eu amo as principais, elas se parecem bastante comigo, mas o Rodrigo também leva bastante da Paula.
tt: Sabemos que uma de suas escritoras favoritas é a Meg Cabot e surgiu a superoportunidade de escrever um livro com ela. Como foi a experiência de escrever com o seu ídolo?
Paula: Foi um sonho! Porque a Meg é a minha maior influência, desde que eu conheci seus livros ela se transformou na minha escritora favorita. Então, eu nunca esperava que eu poderia fazer parte de um livro junto com a Meg. Eu já a conhecia da Bienal do Livro de 2009, mas eu escrevi pra ela quando nós fomos convidadas para fazer o livro juntas, falando sobre quando eu dei meu primeiro livro pra ela. Mandei foto e a agradeci, porque ela foi uma das minhas grandes inspiradoras e escrever o livro com ela foi mais que um sonho. Ela me respondeu: “Paula, você já percebeu que o mais importante além de incentivar a leitura, nós incentivamos a escrita. Então, isso que você passou comigo, outras leitoras estão passando por isso e você formará várias escritoras também”, e eu achei isso muito bacana.
tt: Conta pra gente quais são os seus livros xodós e que você indicaria paras nossas leitoras?
Paula: Bom, da Meg eu gosto muito do “Diário de uma Princesa”, porque, além do mundo da monarquia, a Mia (personagem principal) é muito engraçada e passa por situações que todo mundo vai passar algum dia. Mas eu também gosto muito de um livro chamado “Griffin e Sabine” (Nick Bantock), que é uma correspondência muito fofa e o livro é todo ilustrado, com cartinhas dentro e é bem interativo.
tt: Você já é uma escritora veterana e consagrada, qual dica você dá para as nossas leitoras que querem começar a escrever?
Paula: Tenho três dicas básicas: leia bastante, leia de tudo, quem lê bastante tem mais facilidade para escrever! Depois, escreva sobre o que você conhece, porque senão você pode ficar perdida no meio do seu texto, não vai passar a realidade e não vai conseguir convencer o seu leitor. E por último, escreva sobre o que você gosta! Sempre digo “escreva um livro que você gostaria de ler”, porque você vai passar muito tempo com o seu livro, então, seja a primeira pessoa a se apaixonar pela a sua história.
Bate-bola com Paula Pimenta
Uma cor: Rosa
Um lugar: Disney
Um ator: Mark Ruffalo
Uma atriz: Jennifer Garner
Um filme: De repente 30
Um livro: Diário da Princesa
Uma música: Linger, The Cramberries
Uma banda: No voice
Confira com exclusividade alguns trechos de “Fazendo meu Filme” versão em quadrinhos:
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