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Entrevista: Drica Pinotti, autora de “De Menina A Mulher”

Confira a entrevista que a tt fez com a fofíssima Drica Pinotti! <3

Drika Pinotti
Foto: Divulgação

Se você ainda não conhece a Drica, a gente apresenta: ela é simpática e fofa (daquelas que a gente quer ser BFF logo depois de conhecer, sabe?) – ama moda, sapatos, animais (mais motivos para desejarmos a Drica como amiga!) – e adora compartilhar suas ideias sobre adolescência, amor, e claro: desilusões – e aprendizados – que essa época nos reserva.

Com tanto jeito para falar com adolescentes, Drica acabou lançando diversos livros voltados para esse público, e tornou-se uma das mais famosas autoras teens brasileiras 🙂

Confira a entrevista que a tt fez com a Drica:

Drika Pinotti

Foto: Divulgação / Renata Pavam

 tt: Como surgiu a ideia de “De Menina A Mulher”?

Drica: A ideia do livro nasceu por acaso. Eu ainda cursava a Faculdade de Moda e trabalhava em uma confecção para adolescentes quando tive a ideia de escrever um guia de moda, estilo e comportamento para meninas de 10 a 14 anos. Mas o livro cresceu, não consegui conter os temas apenas na esfera de moda. Na adolescência existem questões e conflitos internos profundos, eu quis falar de tudo que pudesse ajudar as meninas nessa fase, então De menina a mulher virou um guia para ajudar a superar os problemas desse período.

tt: As dicas dadas no livro foram “passadas” para você (por sua família, amigos), ou você aprendeu “no erro”?

Drica: Tem um pouco de tudo. Muitas dicas aprendi errando, me superando, outras foram dadas pela minha mãe e totalmente ignoradas nos meus rompantes de rebeldia (como me arrependo disso!), mas a maturidade coloca as coisas no lugar. Refleti muito sobre esse período da minha própria vida e entendi que minha mãe dizia as coisas certas, mas de maneira errada. O discurso dela não me alcançava. Então pensei:  “vou escrever um livro com essas dicas e histórias da minha própria vida, mas vou usar a linguagem delas”.  Deu certo.

tt: Como foi o começo da sua carreira como escritora? Foi difícil conseguir uma editora para apostar em seu trabalho?

Drica: Na verdade foi muito tranquilo. A primeira Editora que procurei me ofereceu o contrato em uma semana. Duas semanas depois eu já tinha meu primeiro contrato assinado e já trabalhava a revisão do livro, que foi publicado três meses depois. Costumo dizer que não sou um exemplo de luta para as novas escritoras se inspirarem, tive muita sorte no início. Tanto com a Editora, como com as grandes mídias (incluindo a Todateen), que gostaram e apoiaram o livro desde o começo. Só tenho a agradecer por isso.

tt: Alguma dica para quem quer seguir essa profissão?

Drica: O maior problema de um escritor é a falta de produtividade, eu mesma sou vítima dela. São tantas distrações nas mídias sociais e tantos os chamados para viver o mundo que acontece do lado de fora da janela, que manter a disciplina de trabalho é um grande problema pra mim. Acho que o conselho que eu daria é: foco no seu trabalho, crie uma disciplina possível e aconteça o que acontecer, não saia dela! Produza muito e tenha um bom agente para trazer as melhores propostas até você.  Escreva sobre assuntos que você gosta e conhece. Escrever deve ser divertido e compensador no sentido da realização. Divulgue seu livro com amor e dedicação, só assim o sucesso chegará até você.

tt: Quais são as dúvidas mais frequentes que uma menina tem durante a adolescência?

Drica: Acho que são dois os temas que causam maior angústia: as dúvidas sobre o que fazer da vida no futuro e os assuntos do coração. Esses são os assuntos que afligem100% das adolescentes.

tt: Suas leitoras costumam te pedir conselhos?

Drica: Algumas adoram me pedir conselhos amorosos. É engraçado. Vivo explicando que não sou especialista no assunto. Mas tento ajudar de alguma forma. Às vezes o que elas querem é apenas alguém para escutá-las, alguém com uma perspectiva diferente e que não conheça os envolvidos.

tt: Você vê diferença entre a “sua época” adolescente e a das meninas de hoje em dia? Qual?

Drica: Sinceramente? Tirando as mudanças mundiais, na área da economia, da tecnologia e os avanços científicos, não. Eu não vejo muitas diferenças. Os sentimentos continuam os mesmos. A essência das aflições não mudaram. Todos nós continuamos tentando fazer as coisas certas (no parâmetro de cada um) para chegar ao mesmo lugar, a felicidade.

De Menina A Mulher

Foto: Divulgação / Editora Verus

 tt: Atualmente as meninas dividem sua vida com outras na internet por meio de blogs e redes sociais. Até que ponto você acha isso bom / necessário / saudável?

Drica: Acho maravilhoso esse Universo virtual. Eu, assim como elas, sou fascinada por esse mundo multimídia: tenho todos os canais de mídia sociais que consigo administrar e adoro. Mas como tudo na vida tem a parte boa e a parte ruim, o ponto negativo é o perigo que elas correm dividindo detalhes de suas vidas com estranhos. Infelizmente, vivemos num mundo violento e com pessoas doentes. Acho que devemos nos preservar um pouco e manter certas coisas para o ambiente mais íntimo. O outro ponto que me preocupa é a falta de “vida real” de algumas adolescentes, que preferem viver a vida de forma totalmente virtual ao invés de arriscarem-se em relacionamentos reais e legítimos. Por mais que as relações nos façam sofrer, são essas mesmas relações que nos fazem felizes de fato. Se arriscar é 50% de chance de ganhar (viver momentos felizes). É para se pensar, não é?

tt: Qual conselho ou frase pode resumir seus pensamentos sobre a adolescência?

Drica: Meu conselho é a mensagem que meus livros passam. A adolescência não precisa doer tanto, passa rápido e pode ser o melhor momento da sua vida, basta caminhar na direção certa, sob a orientação certa. Fico feliz que meus livros possam ajudar e facilitar essa passagem.

tt: Quais são suas novidades? Algum projeto em mente?

Drica: Estou trabalhando em novos livros. Na verdade estou escrevendo dois livros ao mesmo tempo, um novo Chick-Lit e outro infanto-juvenil. Não sei bem como meu cérebro faz isso. Mas consigo desligar uma personagem e ligar a outra na maior facilidade. Pulo de um Universo para outro sem problemas.  São duas histórias completamente diferentes, com temas e tons distintos. A personagem do Chick-Lit é bagunçada, tem uma existência caótica, engraçada, é aquele tipo de pessoa que faz piadas que só ela entende, ri sozinha e é feliz assim. A outra, do livro infanto-juvenil, é tensa, precisa da aceitação do mundo a sua volta. Faz coisas ruins para si própria para manter um namorado. Duas vidas completamente opostas, mas que tem uma coisa em comum, ambas buscam a felicidade. Assim como na vida real, cada uma a sua maneira.

tt: Indique um livro para as leitoras da tt:

Drica: Os 13 porquês de Jay Asher, é um livro que li recentemente e é maravilhoso. Considero que Os 13 porquês é para essa geração o que Cristiane F. foi para a minha. Este livro deveria ser leitura obrigatória nas escolas.
É uma chamada para a realidade, tanto para quem vive, para quem pratica, como para quem presencia o bullying e não faz nada a respeito. Recomendo.

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