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Annie Müller, colunista da tt, fez a sua estreia aqui no site! Confira a primeira crônica!

Crônica sobre ACEDE por Annie Muller

Quem ama os textos da Annie Müller, da seção Sabe de Uma Coisa, que sai todo mês na todateen, já pode comemorar! A partir de agora, ela vai colaborar também com o blog do Ler é TDB. Pra começar, veio esse texto inspiradíssimo sobre ACEDE!

Confira:

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Crônica sobre ACEDE por Annie Muller

O lançamento do filme do ano passou. Quem assistiu, se derreteu, usando o estoque de lágrimas da vida. Eu, pelo menos.

Mas, em respeito a quem ainda irá ver, prometo parar por aqui.

Fato é que o livro de John Green chegou ao número 1 de ficção pela Times Magazine não por nada. Ocupa a lista dos mais lidos por gerar algo que somente alguns autores conseguem. Comoção. Precisei consultar o Houaiss (quem escreve, sabe!) para tirar dúvida com meu amigo dicionário – com quem sempre posso contar, como a vovó ensinou. E obtive as duas principais explicações sobre o significado desta palavra quase mágica:

1. emoção forte
2. agitação

Quem leu o livro ou assistiu ao filme entende o quanto Hazel e Augustus mexeram com a gente numa intensidade rara. E a história comove por muito mais de um motivo. E eu poderia listar todos eles, mas acabaria entregando o seu desfecho.

De tudo, o que mais me marcou? O coração cheio de amor da Hazel, apesar de todas as circunstâncias tristes de uma adolescente com câncer. E não me refiro apenas ao amor dela por Augustus, que, por si só, já nos prenderia ao seu enredo. Afinal, a paixão sempre atrai. Ler um livro sobre dois apaixonados, desde a época de Romeu e Julieta, é fácil, é inspirador e comove naturalmente. Li muitos deles desde os meus 12 anos. Hoje, no entanto, não consigo lembrar os detalhes de cada um. São poucos dos quais guardamos de cor suas frases, várias cenas, grandes lições. São poucos os que ocupam espaço Vip no nosso cérebro limitado e na nossa memória tão seletiva. Mas A culpa é das estrelas vai ficar na minha. E sabe por quê?

Não pelo amor da Hazel pelo Augustus.

Pausa. Podem me xingar.

Não apenas pelo amor da Hazel pelo Augustus.

Um amor gigante que se estende aos seus pais, a quem mais teme fazer sofrer quando partir. Coisa mais linda esse sentimento! Quanta profundidade de gostar numa situação em que a apatia (“não quero mais essa vidaaaaa!”) poderia deixar nossa protagonista tão fria quanto o escritor que ela admira e com quem se decepciona (essa parte não entrega muita coisa do filme, juro).

Um amor que se estende aos pais de Augustus, quando ela consegue se colocar na pele deles nos momentos difíceis. Ao invés de sentir apatia, Hazel tem empatia. E essa é a lição sobre a morte mais linda que já li/assisti/entendi. Colocar-se no lugar do outro quando o seu próprio lugar no mundo está ameaçado. Não é muito amor. É um amor infinito.

Arrisco terminar com uma frase que anotei outro dia no meu caderninho de pensamentos (e que abre muitas interpretações).

A morte é uma lição de vida.

Um beijo!
Annie

Ps.: na minha coluna de agosto, na revista tt, eu continuo o assunto começado aqui. Aguenta, coração :o)

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Annie Müller Comunique-se com a Annie nas redes sociais: @anniepmuller.

Conheça os livros da autora e nossa colunista da revista tt acessando o site www.anniemuller.com e www.aturmadomeet.com.br.

Compre os livros online em www.livrariacultura.com.br e www.saraiva.com.br.

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