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“Black Is King”: Historiadora branca faz críticas ao novo álbum de Beyoncé e recebe resposta afiada de Iza!

"Black Is King": Historiadora branca faz críticas ao novo álbum de Beyoncé e recebe resposta afiada de Iza!
"Black Is King": Historiadora branca faz críticas ao novo álbum de Beyoncé e recebe resposta afiada de Iza!

Como já era de se esperar, as polêmicas em torno do Black Is King não param! Na última sexta-feira (31), Beyoncé lançou seu mais novo álbum audiovisual e, de fato, incomodou muita gente – principalmente a camada branca e conservadora da sociedade.

A ideia da cantora foi exaltar a cultura negra inspirada pela história de O Rei Leão, a partir do álbum The Lion King: The Gift, lançado por ela mesma há um ano, para a trilha sonora do clássico da Disney. No entanto, em meio a uma enxurrada de críticas positivas, há quem coloque defeito – mesmo sem ter propriedade nenhuma para falar sobre o assunto.

Em uma matéria publicada pelo Jornal Folha de São Paulo, Lilia Moritz Schwarcz, que é antropóloga, historiadora, professora da USP e da Universidade Princeton, afirmou que “Beyoncé erra ao glamorizar a negritude com estampa de oncinha“, como afirma o próprio título.

Diva pop precisa entender que a luta antirracista não se faz só com pompa, artifício hollywoodiano, brilho e cristal“, continua o subtítulo da publicação.

Não é preciso muito para entender o que de fato gerou revolta. Lilia é uma mulher branca e, por esse motivo, não tem lugar de fala para fazer tal crítica – afinal, o que ela de fato sabe sobre o que é ser uma mulher preta? Não demorou nadinha até que artistas fossem à internet protestar.

Iza, que é uma das cantoras pretas de maior destaque no país, fez questão de publicar a matéria nos stories e mandar seu recado. “Lilia Schwarcz, meu anjo, quem precisa entender SOU EU. Eu preciso entender que privilégio é esse que te faz pensar que você tem uma autoridade para ensinar uma mulher negra como ela deve, ou não, falar sobre seu povo. Se eu fosse você (valeu Deus) estaria com vergonha agora. Melhore!“, escreveu a artista, em tom de revolta.

Pouco depois, Tia Ma, que é jornalista, humorista e ativista da causa, também comentou sobre o assunto. “O erro é uma mulher branca acreditar que pode dizer a uma mulher preta como ela pode contar a história e narrar a sua ancestralidade. A branquitude acostumou a ter a negritude como objeto de estudo e segue crendo que pode nos dizer o que falar sobre nossas narrativas e trajetórias“, começou.

Lilia é uma historiadora, pesquisa sobre escravidão? Mas está longe de sentir na pele o que é ser uma mulher preta. Beyoncé do alto da sua realeza no mundo pop nunca deixar de ser negra, mesmo sentada no trono em sua sala de estar. A branquitude segue acreditando que pode nos ensinar a contar nossa própria história. Enquanto todas as pessoas negras se emocionam, se reconhecem e se identificam, a branca aliada diz que Beyonce deixa a desejar! É isso! No final nós por nós e falando por nós“, continuou Maíra.

Como diz um provérbio africano: ‘enquanto os leões não contarem suas próprias histórias, os caçadores seguirão sendo vistos como heróis’… E aqui, quando a gente conta, dramatiza e sonoriza querem apontar o roteiro! Parem! Estamos no comando das nossas narrativas“, finalizou.

Com a repercussão negativa da publicação, Lilia Moritz Schwarcz resolveu se explicar e tentar um pedido de desculpas. “Agradeço a todos os comentários e sugestões. Sempre. Gostaria de esclarecer que gostei demais do trabalho de Beyoncé. Penso que faz parte da democracia discordar. Faz parte da democracia inclusive apresentar com respeito argumentos discordantes. Já escrevi artigo super elogioso à Beyoncé, nesse mesmo jornal o que só mostra meu respeito pela artista. E por respeitar, me permiti comentar um aspecto e não o vídeo todo“, explicou.

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Agradeço a todos os comentários e sugestões. Sempre. Gostaria de esclarecer que gostei demais do trabalho de Beyoncé. Penso que faz parte da democracia discordar. Faz parte da democracia inclusive apresentar com respeito argumentos discordantes. Já escrevi artigo super elogioso à Beyoncé, nesse mesmo jornal o que só mostra meu respeito pela artista. E por respeitar, me permiti comentar um aspecto e não o vídeo todo. Agradeço demais a leitura completa do ensaio. Penso que o título também levou a má compreensão. Dito isso, sei que todo texto pode ter várias interpretações e me desculpo diante das pessoas que ofendi. Não foi minha intenção. Continuamos no diálogo que nos une por aqui.

Uma publicação compartilhada por Lilia Moritz Schwarcz (@liliaschwarcz) em

Infelizmente, não é de hoje e nem é algo incomum, ver pessoas brancas querendo dizer (e “ensinar”) como a população preta deve ou não se comportar. Afinal, quantas vezes o racismo não é questionado por aqueles nunca o sentiram na pele, não é mesmo?

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