Zendaya é um dos ícones desta geração, e traz consigo um legado de enorme peso, afinal a indústria do entretenimento não possui tantos nomes com representatividade como o dela. Esta responsabilidade torna a pressão no trabalho da atriz ainda mais forte. Em entrevista ao Hollywood Reporter, a artista comentou sobre a cobrança que lhe rodeia em todos os trabalhos que realiza.
O site organizou uma mesa redonda com Zendaya e diversas artistas de renome no entretenimento, como Janelle Monae, Jennifer Aniston, Reese Witherspoon, Helena Bonham Carter e Rose Byrne. Durante o bate-papo, a intérprete de MJ de Homem-Aranha afirma que nunca se permite errar: “Eu sou a minha maior crítica, então um pouco disso foi interno – não querer errar, ficar me preocupando com o fato de que eu não tinha espaço para cometer um erro e sempre querer tomar a decisão correta. Mas eu também queria provar a mim mesma [de que eu era capaz]”.
“Ser uma jovem atriz da Disney é um nível [de pressão], ser uma jovem mulher negra é outro, e depois ser muito rígida comigo mesma é mais um. Também é um medo pessoal. Eu quero fazer um bom trabalho e, às vezes, isso me faz ter medo das coisas”, continuou. Neste ponto, a estrela de No Ritmo mencionou o peso que Euphoria lhe trouxe: “Os medos só retornaram quando a série foi ao ar e eu fiquei um pouco assustada de novo. Mas, agora, eu estou animada para voltar ao set, porque minha motivação é trabalhar melhor e ser uma atriz melhor. Eu quero me aperfeiçoar”.
Zendaya afirma que é difícil não se cobrar tanto quando percebe o quão importante é sua representatividade para as mulheres em todo o mundo, assim, a necessidade de se provar e evitar ao máximo os erros ficam ainda mais potentes. “Eu tenho uma enorme responsabilidade nos meus ombros [de ser um exemplo positivo], mas aprecio isso, porque posso fazer muitas coisas boas e sei quem está assistindo. Agora, mais do que nunca, especialmente com o movimento Black Lives Matter, eu sinto uma obrigação de garantir que estou ciente e me posicionando da maneira correta”.
“Espero que eu possa criar espaço para mulheres que são como eu, e mulheres que não são como eu, e contar as histórias que eu quero ver”, finaliza.
