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Gordofobia: já passou da hora de falarmos sobre o assunto!

Pessoas gordas sofrem com estereótipos e baixa autoestima. Bora entender e tentar mudar isso?

gordofobia
Foto: iStock

A gordofobia tem sido um assunto mega comentado e inclusive virou trama da Malhação com a personagem Úrsula, interpretada pela maravilhosa Guilhermina Libiano, que inclusive já conversou com a gente aqui da tt. Para você entender melhor sobre o tema, perder preconceitos e se manter atualizada, é só continuar lendo essa matéria!

Afinal de contas, o que é a gordofobia?

É o preconceito e ódio contra pessoas gordas por conta de padrões estéticos impostos pela sociedade (que são magros). O medo irracional e exagerado de se tornar gordo, que também está associado à lipofobia, que é aversão à gordura, também é uma das características de quem é gordofóbico, segundo a psicóloga Lia Clerot.

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“Estou ansiosa pelo dia em que mais nada será sobre tamanho”

As pessoas que fogem desse padrão são alvo de piadas, ofensas, ridicularizações e até exclusão. Por exemplo: a moda normalmente dá poucas opções de escolha às pessoas gordas, fabricando para elas roupas mais caras e neutras, que não seguem tendências. Isso é uma forma de exclusão social. Por sorte, esse cenário está mudando cada vez mais, com a crescente onda de moda plus size (mas ainda falta muito para caminhar!).

Além da moda, muitas coisas são feitas focando apenas pessoas magras, como por exemplo as cadeiras padrões, catracas, provadores de roupas, macas em hospitais, entre muitas outras coisas. Isso tudo gera constrangimento para quem é gordo.

Não é “só uma piada”

É normal vermos pessoas brincando sobre pessoas gordas de forma pejorativa. Tanto que o adjetivo foi associado a algo ruim, enquanto “magro” se tornou um elogio, já reparou? “E isso é uma crença construída pela sociedade que alimenta preconceitos, tirando a neutralidade e o que torna a palavra gorda algo de cunho negativo. Mas não é nada disso! É apenas uma palavra. O problema é que, infelizmente, isso está enraizado na nossa sociedade.”, explica Lia.

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“Antes de tudo, vamos parar para pensar. Você já viu algum gordo sendo representado de forma positiva? Creio que sim, mas poucas vezes, né?! O mais comum é eles estarem associados a algo engraçado ou doença e é aí que nasce a gordofobia enraizada na nossa sociedade.  Por isso piadas tem conotações pejorativas! É um estereótipo, que deve ser rompido.”, completa a psicóloga.

Fazendo a sua parte

O primeiro passo para acabar com a gordofobia é mudar a nossa própria visão sobre as pessoas gordas. E o primeiro estereótipo a ser quebrado é o de que a obesidade é algo controlável, de que é culpa da pessoa, seja por ser preguiçosa ou comer demais coisas muito calóricas. No entanto, é comprovado cientificamente que existem diversos outros motivos para que alguém seja gordo: fatores hormonais, uso de medicamentos, metabolismo lento, predisposição genética…

Por isso, uma das maiores lutas das militantes contra a gordofobia é fazer com que as pessoas deixem de estereotipar a pessoa gorda. Nisso inclui entender melhor o que leva ao excesso de peso, deixando de associar a preguiça e gula a ela (o temo “gordice” entra aqui, cheio de estereótipo e preconceito, bora parar de usar?) e despatologizar a pessoa gorda. É preciso fazer com que as pessoas deixem de associar o gordo à alguém doente, afinal, nem todo mundo que é gordo tem problemas de saúde causados pela obesidade.

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“A questão do padrão ainda é muito forte, não podemos pensar que isso foi construído neste século, na verdade sempre existiu! O mais importante é entender o que está por trás dessa exigência exacerbada, uma grande máquina financeira querendo sempre mostrar pra nós mulheres que sempre precisamos mudar algo para sermos aceitas, ou comprar algo, ou tomar algo. Enfim, existe uma pesquisa que mostra que 60% das mulheres não aceitam seu corpo como ele realmente é! Ou seja, gorda ou magra não existe uma sociedade satisfeita”, comenta Lia.

Enquanto essa mudança de pensamento da sociedade não acontece de fato, você pode:

  • Deixar de reproduzir termos gordofobicos como a palavra “gordice”;
  • Apontar quando alguém faz algum comentário preconceituoso contra pessoas gordas;
  • Elogiar aquela sua amiga que é gorda e ajudar a elevar a autoestima dela;
  • Parar de contar e de rir de piadas sobre pessoas gordas;
  • Não usar mais a palavra “gorda” como algo negativo.

Autoestima é importante!

O primeiro efeito da gordofobia é abaixar a autoestima das pessoas gordas. Por isso, a psicóloga Lia explica que “o mais importante para essas mulheres e homens é trabalharem sua autoconfiança e ter a certeza de quem são. E saber se elas se aceitam por completo, sendo assim, o que o outro pensa ou acha diminui o efeito. Não que não magoe, mas quando damos menos crédito a algo, a tendência é que ele não exista mais, já que a situação não está mais magoando como antes”.

Sabemos que não é tão fácil assim recuperar a autoestima, mas é importante não desistir e elogiar a si mesma todos os dias, até que um dia você realmente acredite naquilo. Para começar, que tal anotar em um papel algumas coisas que você gosta em si mesmo (não precisa ser só adjetivos físicos, pode ter a ver com a sua personalidade também)? Isso muda a tendência que temos em ver apenas os pontos negativos em nós mesmas.

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Além disso, é legal começar a seguir e acompanhar algumas influencers gordas. Isso vai te inspirar, te mostrar que você não está sozinha e que nem todo mundo é igual às blogueiras magras e fitness. Dá sim para ser linda e incrível sendo gorda! Afinal, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Algumas dicas para seguir já são: Maqui, Ju Romano, Juliana Ricci, Mel Soares, Marília Mendonça e Simone (dupla da Simaria).

Por último a psicóloga deixa um ensinamento mega importante:

“A pressão estética é muito prejudicial para a autoestima das mulheres, especialmente de mulheres gordas.  E a palavra obsessão já se torna uma alteração psíquica dentro do ser humano: ela não é saudável, não traz tranquilidade nem paz interior, mas sim tristeza, cobrança exacerbada, e com isso podem achar que estão sempre aquém da sociedade. A obsessão pode prejudicar todas as mulheres, sejam magras demais ou gordas. Sendo assim, menos direitos, valores ou oportunidades. E isso não deveria ser assim! A autoconfiança é a característica mais importante de uma mulher! Seja ela gorda ou magra, se ela não se amar ou não se aceitar, esse controle da sociedade irá destruir sua autoestima. Tudo que tem pressão demais acaba sendo prejudicial. Acredito que o sucesso na vida do ser humano, principalmente das mulheres, é o equilíbrio!”, defende Lia.

Dá só uma olhada nessas 5 youtuber gordas que falam sobre gordofobia:

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